Brasil e mais 11 países apoiam Juan Guaidó como presidente da Venezuela

Na quarta-feira (23), o chefe do Parlamento se declarou 'presidente encarregado' do país

Por: Da AFP  -  24/01/19  -  18:54
Juan Guaidó se declarou 'presidente encarregado' da Venezuela
Juan Guaidó se declarou 'presidente encarregado' da Venezuela   Foto: Feferico Parra/ France Presse

Onze dos 14 países do Grupo de Lima reconheceram, na quarta-feira (23), o chefe do Parlamento venezuelano, o opositor Juan Guaidó, como “presidente encarregado” da Venezuela, citando a “ilegitimidade do regime de Nicolás Maduro”, informou a Chancelaria peruana. Os Estados Unidos também apoiam a mudança de governo.


“Os governos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru (...) reconhecem e expressam seu pleno respaldo ao presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, que assumiu hoje como presidente encarregado da República Bolivariana da Venezuela”, assinalou a Chancelaria peruana em comunicado.


Os três membros do bloco contra a medida foram México, Guiana e Santa Lúcia.


Também na quarta-feira (23), o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou estar preocupado com a possibilidade de que haja uma resistência por parte de Nicolás Maduro diante da decisão de Brasil, EUA, Colômbia e outros países de reconhecer Guaidó como o presidente interino da Venezuela. “Todos nós conhecemos um pouquinho Nicolás Maduro. Esperamos o pior. Há uma preocupação, sim”, disse Bolsonaro.


Ruptura


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou, no mesmo dia, o rompimento de relações com os Estados Unidos, após Donald Trump reconhecer o líder legislativo, Juan Guaidó, como presidente interino do país caribenho.


“Decidi romper relações diplomáticas e políticas com o governo imperialista dos Estados Unidos. Fora! Vão embora da Venezuela. Aqui há dignidade, c...!”, disse Maduro, que deu 72 horas para a delegação diplomática deixar o país.


O presidente boliviano, Evo Morales, ratificou ontem sua solidariedade com Maduro. E destacou que o “imperialismo” busca ferir novamente a democracia e autodeterminação da região. “Nossa solidariedade com o povo venezuelano e o irmão @NicolasMaduro nessas horas decisivas”, afirmou o governante em sua conta no Twitter. E afirmou que “nunca mais seremos o quintal dos #EUA”.


O governo do México disse, também na quarta, que ainda reconhece o governo de Maduro. “Reconhecemos as autoridades eleitas de acordo com a Constituição venezuelana”, disse o porta-voz da Presidência mexicana, Jesús Ramírez.


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