Bolsonaro vai investir em comunicação digital do governo nas redes a partir de janeiro

Segundo o vice, general Hamilton Mourão, 'processo antigo de comunicação' será abandonado

Por: Do Estadão Conteúdo  -  12/11/18  -  11:40
Bolsonaro se reunirá com o nome mais cotado para a Educação de seu governo
Bolsonaro se reunirá com o nome mais cotado para a Educação de seu governo   Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), deve investir em uma comunicação focada em redes sociais a partir de 1º de janeiro, quando assume o Palácio do Planalto. A estratégia deverá ser a mesma que adotou ao longo da campanha, tornando a plataforma o principal instrumento de comunicação de seu governo.


Na última semana, a pedido de Bolsonaro, o vice-presidente eleito, general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), visitou a agência de publicidade Isobar, uma das que cuidam das mídias sociais do governo de Michel Temer (MDB). Após a visita, Mourão reiterou que o foco é reforçar a comunicação digital, "que é a mídia de Bolsonaro, que é a mídia do Trump".


"Aquele processo antigo de comunicação, via filmetes, propagandas tradicionais, será abandonado", afirmou. "A mídia digital é o método fundamental para conseguirmos nos comunicar, muito mais do que essas outras propagandas que gastam rios de dinheiro", completou.


Há a possibilidade de o novo governo renovar o contrato atual com a agência, que tem curso de R$ 45 milhões ao ano. Ele termina em março, quando Bolsonaro já estiver no poder. Mourão, no entanto, despistou sobre a possibilidade de prorrogação do vínculo, alegando que o procedimento se trata de "uma questão de gestão".


"A minha visão é que o trabalho [da empresa] é muito bom. Mas tudo precisa ser levado para o presidente Bolsonaro". Além da Isobar, visitada por Mourão, a agência de publicidade TV1, também faz o trabalho de mídias digitais do governo Temer.


Por enquanto, não se sabe se a comunicação do governo de Bolsonaro será diferente do que se pratica hoje. A única certeza é de que a área não terá status de ministério. Hoje, a Secretaria de Comunicação (Secom) do Planalto tem cerca de 20 pessoas, e é vinculada à Secretaria-Geral da Presidência.


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