A morte de um agente penitenciário e de um policial militar, em São Vicente, nesta semana, acendeu um sinal de alerta para os profissionais de segurança da Baixada Santista sobre uma possível ‘onda de execuções’.
De acordo com o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), áudios de possíveis autores ou mandantes dos atentados mostram que os criminosos estariam contando o número de policiais executados e dizendo que o crime “está vencendo”.
Desta forma, o Sifuspesp emitiu um alerta a todos os policiais penais da Baixada Santista. A orientações é que os agentes da região tenham atenção redobrada nas atividades do dia a dia e atuem de forma preventiva para evitar qualquer novo ataque.
A Tribuna questionou a Polícia Militar (PM) e a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) sobre o caso.
Em nota, a PM afirmou que desde o dia 28 de novembro está sendo desencadeada uma operação na área do 39º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I), responsável pelo policiamento de São Vicente. Desta forma, ações policiais acontecem por 24h e contam com a participação do efetivo do 39º BPM/I, das Forças Táticas da Região, do 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia e com apoio do Comando de Policiamento de Choque e do Comando de Aviação.
Foram registradas 332 abordagens, onde seis pessoas foram presas por crimes de furto e roubo, dentre elas, um menor de idade. Um foragido da justiça também foi capturado e um automóvel foi recuperado.
A PM garante que não há registro de irregularidades nas ações policiais, bem como nenhum procedimento de apuração está em andamento. A operação irá prosseguir por tempo indeterminado.
"Não temos registro de denúncias formais de ações criminosas", complementou a nota.
A SAP também enviou uma nota sobre as possíveis ameaças relatadas pelo sindicato. Confira na íntegra:
"A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) desconhece a maneira pela qual o sindicato teve acesso e atestou a veracidade dos áudios.
Além de prematuro, é irresponsável difundir notícias sem a comprovação de autenticidade.
A pasta reitera que colabora com as investigações, cuja competência constitucional nesse caso recai, exclusivamente, sobre a polícia judiciária que trabalha para a apuração de autoria, circunstâncias e motivação do crime."