Pedreiro é preso após tentar matar ex da atual companheira na frente dos filhos no litoral de SP

Suspeito atirou nove vezes na vítima, que estava dormindo

Por: Por ATribuna.com.br  -  11/02/21  -  09:28

Um pedreiro de 29 anos foi preso após tentar matar o ex-marido de sua companheira, em Mongaguá, na madrugada de quarta-feira (10). Inicialmente, ele foi detido por guardas municipais e confessou que disparou nove vezes na vítima, dentro da residência da mulher, no bairro Jussara.


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O caso ocorreu por volta das 2h no bairro Balneário Jussara. Equipes da Guarda Civil Municipal (GCM) estavam em patrulhamento pela Avenida Jussara quando suspeitaram de um homem que conduzia uma motocicleta. Ao perceber a presença dos guardas, o homem mudou de direção e foi perseguido e, posteriormente, abordado na Avenida Agenor de Campos.


Sem documentos pessoais e nem do veículo, o suspeito confessou aos guardas que teria matado um homem em um local próximo de onde estavam. Sem indicar o endereço de onde ocorreu o crime, ele alegou que atirou nove vezes no ex-marido de sua companheira.


Em depoimento para a Polícia Civil, já na delegacia, o atirador afirmou que foi, de moto, até a residência da mulher, onde estava o ex e os três filhos do casal. O suspeito explicou que pulou o muro da casa, e entrou pela porta da cozinha, que estava somente encostada.


Ele se encaminhou ao quarto, onde a vítima e a mulher estavam dormindo, além das três crianças. O suspeito afirmou que acendeu a luz do cômodo e efetuou disparos na região do rosto e cabeça do homem. Conforme o relato, ele descarregou o revólver e o carregou novamente durante o tempo entre os tiros.


O suspeito alegou que não tinha a intenção de atirar na mulher e, caso o fez, foi devido ao fato de que ela defendeu a vítima na hora dos disparos. Após os tiros, ele fugiu de moto, despejou o revólver próximo a um ponto de ônibus, até ter sido abordado pela GCM e ter confessado o ocorrido.


A Polícia Militar foi acionada para o local do crime e encontrou a vítima, junto da mulher, que levou um tiro de raspão. Uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizou primeiros socorros e levou os feridos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Depois de atendidos, ambos foram encaminhados para o Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande.


O suspeito foi conduzido para a Delegacia de Mongaguá, onde a ocorrência foi registrada como tentativa de homicídio. Ele foi preso em flagrante. O local onde ocorreu o crime foi isolado para trabalhos periciais do Instituto de Criminalística (IC). A polícia recuperou a arma usada no crime, que foi jogada pelo suspeito, e a levou para a delegacia.


Ameaças motivaram o crime


Durante abordagem inicial dos guardas municipais, o suspeito, ao confessar o crime, disse que não estava arrependido do que acabara de ter feito, pois estava sofrendo ameaças do ex-marido de sua companheira


Segundo relatos, o suspeito afirmou que recebia mensagens que 'se não o matasse primeiro, ele (vítima) iria matá-lo'. As ameaças, segundo disse o atirador, tiveram início há cerca de dois meses.


Durante interrogatório, após ter confessado o crime, o suspeito reiterou que está em um relacionamento com a mulher. Ele relatou para os policiais que a vítima oprimia sua companheira, a forçava a ficarem juntos e que ela dizia que sofria agressões físicas. O atirador teria dito a ela que a situação estaria resolvida para que pudessem ficar juntos.


À polícia, ele disse que recebia ameaças da vítima através de mensagens de whatsapp e, também, de ligações. Mediante a isso, o suspeito resolveu, então, comprar uma arma de fogo para poder se defender. Acreditando que o ex-marido da mulher poderia ultrapassar as ameaças, ele, então, optou por matá-lo à tiros.


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