Narcotraficante preso no Paraguai é suspeito de ter assassinado jovem mulher

Marcelo Piloto está preso no País vizinho, mas pode ser extraditado para o Brasil

Por: Do Estadão Conteúdo  -  17/11/18  -  23:41
Brasileiro teria usado uma faca de sobremesa para golpear seguidamente uma jovem de 18 anos
Brasileiro teria usado uma faca de sobremesa para golpear seguidamente uma jovem de 18 anos   Foto: Reprodução

O narcotraficante brasileiro Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, é suspeito de ter assassinado uma jovem mulher que o teria visitado, neste sábado (17), no grupamento especializado da Polícia Nacional, onde está preso, em Assunção, no Paraguai. Conforme o jornal local ABC Color, o crime seria "uma medida extrema para evitar sua extradição para o Brasil". Ele é integrante da facção Comando Vermelho (CV), do Rio.


A Justiça do Rio condenou Piloto a uma pena de 26 anos de prisão. No Paraguai, ele está preso por homicídio e falsificação de documentos, mas foi aberto um processo para sua extradição, atendendo a pedido da justiça brasileira.


Conforme a imprensa paraguaia, o brasileiro teria usado uma faca de sobremesa para golpear seguidamente a jovem Lidia Meza Burgos, de 18 anos, que fora visitá-lo neste sábado. A vítima é da cidade de General Resquín, no departamento de San Pedro. O assassinato da mulher foi confirmado pelo chefe do grupamento, Germán Real Medina.


Após ouvir gritos, os agentes foram ao local e encontraram a mulher ensanguentada. A vítima chegou a ser levada para o Hospital de Barrio Obrero, em Assunção, mas não resistiu. O corpo passou por perícia e foi levado ao necrotério oficial.


De acordo com a imprensa paraguaia, o assassinato seria uma "estratégia macabra e desesperada" do narcotraficante para barrar sua extradição para o Brasil, já que todas os recursos judiciais foram esgotados sem sucesso. Nesta sexta-feira, 16, a Justiça havia negado pedido da noiva de 'Piloto', Marisa de Souza Penna, também reclusa em estabelecimento penal, que pretendia casar-se com ele na prisão. O casamento com uma paraguaia poderia dificultar a extradição.


Antes 'Piloto' havia dado uma entrevista denunciando o pagamento de propinas a autoridades policiais paraguaias em troca de proteção. A advogada dele, a argentina Laura Marcela Casuso, que organizou a coletiva, foi assassinada a tiros, na segunda-feira, 12, em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil.


As autoridades paraguaias também divulgaram neste mês um vídeo em que o CV ameaça matar a procuradora-geral do Paraguai, Sandra Quiñonez, em represália à ação dela pela extradição de Marcelo Piloto. Se confirmada a autoria do assassinato, Piloto terá de responder ao inquérito, dificultando a extradição.


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