Justiça mantém preso suspeito de pedofilia dentro de clube em Santos

Caso aconteceu na noite de quinta-feira, no vestiário do Sesc, na Aparecida. Pai teria flagrado um homem de 52 anos com o filho de 13

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  01/02/19  -  19:48
  Foto: Reprodução/Facebook

O homem de 52 anos preso sob a suspeita de tentar abusar sexualmente de um menino no vestiário do Sesc-Santos, no bairro Aparecida, às 21h de quinta-feira (31), continua na cadeia. Em audiência de custódia realizada na manhã desta sexta-feira (1º), no Fórum de Santos, a Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva. O garoto tem 13 anos, e foi visto pelo pai junto com o suspeito dentro de um box de chuveiro, que estava trancado por dentro.


O pai disse que estava com o filho na piscina, quando o menino se dirigiu sozinho ao vestiário. Preocupado com a demora do menino em retornar, o homem foi procurá-lo, percorrendo, inicialmente, os sanitários, sem encontrá-lo. Em seguida, caminhou pelos boxes individuais dos chuveiros, chamando pelo menino, mas sem obter resposta do garoto.


Do interior do compartimento onde se encontrava, o suspeito afirmou que ali não havia ninguém com aquele nome. Porém, o pai ficou desconfiado, olhou por debaixo da porta e visualizou quatro pés. Dois deles eram do filho, que estava despido. O outro sócio do Sesc também estava nu.


A vítima relatou ao pai que havia esquecido a sua carteirinha naquele box e, ao voltar para buscá-la, o suspeito já estava ali. Ao pedir ao adulto para pegar o documento, o menino foi puxado para dentro do compartimento e teve a sunga arrancada. O homem ainda teria pedido para o garoto praticar sexo oral com ele.


Por fim, a vítima declarou que o suspeito tapou a boca dela quando o pai surgiu procurando-a. Policiais militares foram acionados ao clube e levaram o homem à Central de Polícia Judiciária (CPJ). A delegada Cláudia Santana Barazal o autuou em flagrante por tentativa de estupro de vulnerável. Hediondo e inafiançável, o crime é punível com reclusão de dois anos e oito meses a dez anos de reclusão.


Outro lado


Os advogados Stephan Cincinato e Francisco Ciarlini acompanharam o suspeito – que é divorciado e tem um filho adulto – no flagrante lavrado na CPJ e na audiência de custódia. Eles disseram que irão requerer à Justiça a substituição da preventiva por medidas cautelares diversas da prisão.


Sobre a acusação contra o cliente, os defensores declararam que “é de extrema injustiça a execração pública que ele vem sofrendo nas redes sociais em razão de atos que não cometeu. Os fatos serão devidamente apurados sob as garantias do contraditório judicial e, por ora, para preservar a intimidade da vida do menor e da sua família, não serão revelados detalhes”.


Clube expulsa


Por meio de comunicado à imprensa, o Sesc informou que o suspeito preso foi “descredenciado” e não poderá mais frequentar as unidades da entidade. Também disse que prestou assistência à vitima e aos seus familiares, acompanhando-os até a delegacia e continuando à disposição deles.


Conforme a nota, o Sesc “repudia veementemente qualquer ato de violência, assédio e/ou atentado contra a pessoa humana”, permanece à disposição da Justiça até o esclarecimento do caso, e possui “alto nível de segurança e patrulhamento” em suas unidades, por meio de funcionários nos vestiários, de seguranças nas demais instalações e da identificação de menores de idade para o acesso às suas dependências.


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