Justiça condena homem por tráfico dentro de prostíbulo em Santos

Casa de prostituição, no bairro Campo Grande, servia para a venda de entorpecentes

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  21/05/20  -  20:01
Os investigadores ainda recolheram panfletos de propaganda do local e comandas de consumação
Os investigadores ainda recolheram panfletos de propaganda do local e comandas de consumação   Foto: Divulgação

O juiz Leonardo de Mello Gonçalves, da 5ª Vara Criminal de Santos, condenou Carlos Vinicius Silva Rocha, de 38 anos, a cinco anos e dez meses de reclusão por tráfico de drogas. Segundo o Ministério Público (MP), a venda de entorpecentes acontecia em um prostíbulo localizado na Rua Almirante Barroso, no Campo Grande.


Companheira de Carlos Vinicius, apontada como a dona da casa de prostituição e ré do mesmo processo, Genilda Lucas da Silva, de 38 anos, teve a punibilidade extinta porque foi assassinada a facadas durante a ação penal. O homicídio aconteceu na Rua Adolfo Lutz, na Ponta da Praia, no dia 23 de dezembro de 2019.


A prisão em flagrante do casal aconteceu no dia 16 de outubro de 2019. Policiais da 1ª Delegacia de Investigações Criminais (antiga DIG) apuravam denúncia de que os acusados guardavam em casa drogas que seriam vendidas no prostíbulo e também se destinariam ao abastecimento de outros pontos de tráfico.


Carlos Vinicius foi abordado na rua com uma pequena quantidade de cocaína. Em seguida, os investigadores revistaram a sua casa, na Rua Sergipe, no Gonzaga, onde Genilda foi detida. Os policiais apreenderam no imóvel 5,6 quilos de maconha, 22 comprimidos de ectasy e mais cocaína. A pesagem desta droga totalizou 32 gramas.


Os policiais também vistoriaram a casa de prostituição, onde estavam seis garotas e foi achada uma balança de precisão. O faturamento do local pôde ser aferido por comandas de consumação. Uma delas é de um cliente conhecido pelo codinome de “Advogado”. Ele gastou R$ 5.640,00 com dez programas, bebidas alcoólicas e água de coco.


No dia seguinte ao da prisão, durante audiência de custódia, Genilda obteve liberdade provisória e foi solta. O seu homicídio foi cometido por um ex-companheiro e não ficou demonstrada qualquer relação entre o assassinato e o flagrante pelos crimes de tráfico e casa de prostituição. Este segundo delito foi atribuído apenas à mulher.


Carlos Vinicius teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na mesma audiência. Na sentença que condenou o réu, o juiz fixou o regime inicial fechado e lhe negou a possibilidade de recurso em liberdade, porque o acusado respondeu ao processo na cadeia e mantê-lo encarcerado é “garantir o cumprimento da reprimenda penal”.


Prostíbulo funcionava em casa na Rua Almirante Barroso
Prostíbulo funcionava em casa na Rua Almirante Barroso   Foto: Carlos Nogueira/AT

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