Kleber Pereira da Silva, o Klebinho, de 21 anos, foi preso na tarde desta segunda-feira (21). Ele é o rapaz que tem o nome 'Creuza' e um terço com crucifixo tatuados no antebraço direito até a mão. Viralizaram recentemente nas redes sociais vídeos nos quais o jovem empunha uma pistola e segura um cigarro de maconha aceso, no Morro do José Menino, em Santos.
As filmagens, que não mostram o rosto do rapaz, desafiaram as polícias Civil e Militar. Klebinho, agora, se diz arrependido. Alega estar sofrendo “perseguição” por parte de policiais militares, e que era de “airsoft” (pressão) a pistola que portava. Segundo ele, a arma pertence a um desconhecido, e ele apenas a segurou para fazer os vídeos com a câmera de seu celular, negando tê-los compartilhado.
A declaração foi dada em entrevista exclusiva para A Tribuna On-line, na tarde desta segunda-feira (21), antes de Klebinho ser capturado por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), no bairro Gonzaga. A pedido do delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, o juiz Alexandre Betini decretou a prisão temporária de 30 dias do rapaz.
Klebinho é suspeito de atirar na direção de uma viatura da DIG no Morro do José Menino, em 18 de agosto de 2018. Segundo o investigador Paulo Carvalhal, a identificação do criminoso só aconteceu no início deste ano, após o rapaz aparecer nos vídeos divulgados pelas redes sociais. “Conseguimos identificá-lo pelas tatuagens”, explicou.
Com o objetivo de identificar e prender o tatuado armado, que ostensivamente consumia maconha, a Polícia Militar realizou uma megaoperação no morro, em 9 e 10 de janeiro. No segundo dia, três suspeitos abriram fogo contra os PMs, que revidaram os disparos. Um dos criminosos foi atingido e morreu no Hospital Municipal de São Vicente.
Tiroteio e morte
Os policiais apreenderam maconha, cocaína, crack, dois rádios de comunicação e revólver. Após o confronto, Klebinho deixou o morro com a mãe, a mulher e o filho do casal. Alegou temer sofrer retaliações dos PMs, mas há informações de que o crime organizado o expulsou da comunidade, o que ele nega.
Durante a entrevista, concedida para desfazer o que classificou de um mal-entendido, o acusado admitiu ser usuário esporádico de maconha, refutou qualquer envolvimento com o crime e disse trabalhar vendendo água mineral em semáforos e instalando película protetora em vidros de carros.