Festa e som alto em apartamento durante pandemia vira caso de polícia em Santos

Mulher, de 25 anos, discutiu com moradores, xingou policiais militares e acabou sendo detida

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  07/07/20  -  11:25
Imagens mostram viaturas da Polícia Militar em frente ao prédio
Imagens mostram viaturas da Polícia Militar em frente ao prédio   Foto: Divulgação

Acusada de não seguir as recomendações de distanciamento social, promovendo festas com som alto e recebendo reiteradas visitas de homens no apartamento onde mora, em Santos, uma jovem de 25 anos xingou dois policiais militares e foi detida no domingo (5) à noite. Os PMs se dirigiram ao prédio para checar denúncia de moradores contra ela.


Inquilina do imóvel, a moça gritava na frente do prédio, situado na Rua Vahia de Abreu, no Boqueirão, quando ali chegaram os PMs. Ela discutia com dois moradores, sendo um deles o síndico do condomínio. Na tentativa de serenar os ânimos, os patrulheiros foram ofendidos pela jovem, que os chamou de “filhos da p...” e “policiais de m...”.


Ao receber voz de prisão, a acusada ofereceu “certa resistência”, segundo os PMs. Eles também disseram que precisaram disparar spray de pimenta no rosto da jovem e fazer uso de “força física moderada” para algemá-la e conduzi-la à Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde estava de plantão a delegada Lilian Rodrigues Abdalla.


A acusada continuou alterada na CPJ, mas não quis dar a sua versão, manifestando o direito de permanecer em silêncio. A delegada elaborou termo circunstanciado (TC) de “desacato e perturbação do sossego alheio”. A moça foi liberada após se comprometer a comparecer ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) quando for intimada.


Reincidência


O síndico e o outro morador com os quais a acusada discutia também foram à CPJ. Segundo eles, a “bagunça” promovida pela inquilina no domingo começou às 22h15 e consistiu em várias pessoas reunidas no apartamento dela ouvindo música alta. Porém, fatos semelhantes já ocorreram em outras datas.


A maioria dos condôminos tem a mesma queixa contra a jovem, conforme afirmaram o síndico e o outro morador. Os próprios policiais militares declararam na CPJ que compareceram em outras ocasiões ao mesmo edifício por causa de problemas de barulho e afluxo de pessoas no apartamento da acusada.


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