A Polícia Civil afirmou que o "falso suspeito" de participar do atentado contra a jornalista Solange Freitas, então candidata a prefeita em São Vicente pelo PSDB, em novembro do ano passado, teve participação no crime. Diogo Nascimento Pinto teve prisão preventiva decretada e está foragido. A polícia afirmou que ele não foi o motociclista que efetuou os disparos no carro da jornalista, mas que ele teve envolvimento no atentado.
Solange estava com a equipe de campanha em um carro blindado quando foi alvo de um atentado a tiros. O ataque ocorreu na Avenida Minas Gerais, a Linha Vermelha, na Vila São Jorge. Um motociclista disparou quatro vezes contra o veículo onde estava a jornalista.
Segundo o delegado Renato Mazagão Júnior, o policial militar rodoviário que foi preso ainda em novembro, suspeito na participação do crime, indicou a participação de Diogo. Segundo a polícia, ele não era o autor dos disparos contra o carro da jornalista.
"Investigamos mais a fundo e concluímos que ele participou do crime. Ele não era o motociclista, mas teve participação. A investigação continua até para saber o motivo desse atentado", declarou Mazagão, em entrevista para a TV Tribuna.
Diogo causou um grande alvoroço quando no dia 14 de novembro, véspera das eleições no 1º turno. Ele se apresentou na delegacia de São Vicente dizendo ser o autor dos disparos contra o carro em que estava Solange.
À época, equipes da 3ª Delegacia de Homicídios o desmacarou, indicando que ele não era o atirador, conforme relatou em depoimento. Ele contou uma versão que não coincidia com os fatos já apurados pela polícia.
A cena chamou a atenção pois ele se apresentou quando não poderia ser preso devido à legislação eleitoral e, também, pelo fato de que várias pessoas tomaram conhecimento da apresentação espontânea deste homem antes mesmo de sua chegada à unidade policial ou logo após ele ingressar na repartição.
Agora, com um novo avanço das investigações, a polícia decretou prisão preventiva contra Diogo. Ele é considerado foragido.
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Policiais da 3ª Delegacia de Investigações sobre Homicídios apuraram que o Hyundai ix35 preto do policial rodoviário circulou por tempo razoável no perímetro do atentado. O crime aconteceu na Avenida Minas Gerais, mais conhecida por Linha Vermelha, na Vila São Jorge, em São Vicente, às 10h14 da última quarta-feira (11). O suspeito alegou que iria realizar “troca de óleo” do carro.
De acordo com as filmagens, a impressão ou a suspeita, pelo menos, é a de que o Hyundai ix35 escoltava o veículo do atirador. Após a identificação do carro e do seu dono, o delegado Renato Mazagão Júnior requereu à Justiça a sua prisão temporária e teve o pedido deferido. Por se tratar de crime hediondo, o prazo dessa custódia cautelar pode ser renovado mais uma vez, por igual período, se for imprescindível às investigações.
O patrulheiro rodoviário não foi encontrado em sua casa, em Mongaguá, na manhã desta quarta-feira (18). A sua prisão ocorreu no quartel da Polícia Militar localizado na Avenida Coronel Joaquim Montenegro, na Ponta Praia, em Santos, onde ele compareceu para realizar exame médico. A Corregedoria da PM foi acionada pela Polícia Civil para participar do cumprimento da ordem de captura.
Ele cumpriu prisão temporária de 30 dias, também teve a prisão convertida para prisão preventiva e segue detido no Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo.