Um pedido de atendimento médico de urgência foi solicitado para o jornalista Marcelo Roberto Ferreira Carrião, após ele ser picado por uma aranha-marrom dentro da cela do Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente, onde está preso preventivamente. Conforme a solicitação, a perna direita do acusado de tráfico de drogas já está com sinais de necrose e existe o receio de que ela precise ser amputada. O pedido foi feito pelo advogado de defesa, Marcelo José Cruz, neste domingo (17).
Marcelo Carrião está preso preventivamente desde o dia 28 de fevereiro, após ser acusado de tráfico de drogas e associação ao tráfico. Recentemente, a Justiça negou uma liminar que solicitava a soltura do jornalista. Por isso, ele ainda segue respondendo o processo em regime fechado.
De acordo com a solicitação feita neste domingo (17), Carrião teria sido picado por uma aranha-marrom dentro do CDP e, por conta disso, há 15 dias está com uma grave infecção e sente fortes dores na altura do joelho da perna direita. Conforme o documento, o acusado corre o risco de amputação, pois já existem sinais de necrose no local, com pontos pretos e buracos, provocados pela picada do aracnídeo.
Na solicitação, a defesa alega que o sistema de atendimento do CDP é precário e que, durante uma defesa técnica, esteve pessoalmente na unidade prisional. Lá, o advogado teria constatado que, apesar da boa vontade e empenho dos agentes penitenciários, é notável a falta de condições e recursos.
O advogado de defesa, Marcelo José Cruz, diz que solicitou explicações da direção do CDP, a fim de buscar informações a respeito do atendimento médico prestado ao cliente. Ele afirma que a família de Carrião teme pela gravidade do ferimento. "Se trata de uma situação que exige cuidados especiais para não resultar em danos de grande monta", avalia Cruz.
A reportagem de A Tribuna entrou em contato com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), para solicitar um posicionamento sobre o caso, mas, até a publicação desta matéria, não obteve retorno.