Casal é preso por deixar filho de 15 anos dirigir moto em condomínio de luxo

Adolescente pilotava motocicleta de 1000 cilindradas, em Guarujá

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  24/12/18  -  09:15

Um casal de empresários foi preso em flagrante acusado de permitir que o filho dele, de apenas 15 anos, pilotasse uma moto 1000 cilindradas, no interior de um condomínio de luxo, em Guarujá.


O atendimento da ocorrência teve início por volta das 23h de sábado (22), e avançou na madrugada deste domingo (23), porque os pais do adolescente hostilizaram dois soldados e tentaram impedi-los de apreender a moto, segundo relataram os policiais militares.


Um inspetor do condomíniodisse ao delegado Wagner Camargo Gouveia, na Delegacia de Guarujá, que um morador reclamou do fato de o adolescente pilotar a moto no local correndo e fazendo algazarra. Ainda conforme o funcionário, esse próprio condômino acionou a PM.


Caso foi apresentado na Delegacia Sede de Guarujá
Caso foi apresentado na Delegacia Sede de Guarujá   Foto: Alexsander Ferraz/ AT

Os soldados, por sua vez, relataram que receberam a incumbência de verificar a denúncia, deparando-se com o adolescente pilotando a moto em alta velocidade pelo condomínio com um rapaz na garupa. Os jovens não usavam capacetes e foram seguidos até a mansão do casal de empresários.


Após a constatação de que o condutor da moto de 1000 cilindradas é menor de idade, os PMs disseram que apreenderiam o veículo e apresentariam a ocorrência na delegacia.


A partir deste momento, começou uma confusão. O pai do adolescente quis impedir os soldados de cumprirem o seu trabalho. A mãe ainda teria desferido um tapa em dos policiais, fazendo com que ele perdesse o seu óculos de grau.


O tumulto aumentou quando outras pessoas saíram da residência do casal, obrigando os soldados a pedirem reforço para dominar os pais do adolescente e levá-los à delegacia junto com a motocicleta.


Segundo o boletim de ocorrência, a mãe do adolescente admitiu que o marido autorizou o filho a pegar a moto. O casal reclamou de suposta truculência dos PMs, mas o delegado não vislumbrou irregularidade na conduta dos soldados.


De acordo com Gouveia, o casal incorreu nos delitos de permitir que pessoa não habilitada conduza veículo automotor e desobediência, por tentar impedir ato legal dos soldados. O empresário ainda foi acusado do crime de resistência.


O delegado autuou o casal em flagrante, mas o liberou mediante o pagamento de fiança de R$ 2,5 mil para cada acusado. Na fixação dessa quantia, Gouveia levou em conta a condição financeira dos pais do adolescente, que residem em imóvel de “alto padrão”, e o valor da moto, avaliada em R$ 60 mil.


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