Assassino da própria mãe segue foragido um ano após o crime em Guarujá; VÍDEO

Bruno Eustáquio é o principal acusado na morte de Márcia Lanzane

Por: Cássio Lyra  -  21/12/21  -  07:09
Em 21 de dezembro do ano passado, Bruno Eustáquio matou a própria mãe; cena foi flagrada por câmeras de segurança
Em 21 de dezembro do ano passado, Bruno Eustáquio matou a própria mãe; cena foi flagrada por câmeras de segurança   Foto: Reprodução/Facebook

Nesta terça-feira (21), completa um ano do assassinato de Márcia Lanzane, de 44 anos, em Guarujá. O principal acusado é o filho, Bruno Eustáquio de Araújo, que tem contra ele um mandado de prisão preventiva e segue foragido. Em conversa com A Tribuna, a família ainda vive a revolta pela demora na resolução do caso.


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Mariusa da Quadra, irmã de Márcia e tia de Bruno, soube da morte da irmã no dia seguinte ao crime, em 22 de dezembro. A data coincide com seu aniversário e, pela segunda vez, não terá a companhia da irmã para o que seria um dia para celebrar.



"Era pra ser um dia de festa, de alegria, mas, infelizmente, não tem nada o que comemorar. O dia que eu receber a mensagem ou uma ligação de que o Bruno foi capturado, aí sim vai ser uma comemoração. Se fosse no dia 22 seria um presente maior ainda", conta.


A família não teve mais notícias sobre o possível paradeiro de Bruno. Em junho, A Tribuna divulgou com exclusividade o vídeo que mostra o crime, cometido na casa onde os dois moravam, no bairro Sítio Cachoeira.


"Ficamos mais revoltados com a divulgação do vídeo e a ampla cobertura da mídia. Vimos o que ele fez com a minha irmã até o fim. Só sabemos que ele continua foragido, sem saber como está sobrevivendo, em que lugar está ou quem poderia estar ajudando ele. Não fazemos ideia", relata Mariusa.


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Defesa

O advogado Anderson Real Soares representa o jovem no caso e, após a decisão da Justiça, entrou com pedidos de habeas corpus para Bruno, mas todos eles foram negados.


"Na visão dele (Bruno), acha injusta a decisão da prisão porque sempre respondeu aos chamamentos da Justiça, ainda mais pelo fato de que não teve a intenção de fugir", aponta Anderson.


Segundo o advogado, uma juíza do Guarujá acolheu um recurso da defesa de revogar (tornar sem efeito) a revelia (defesa) de Bruno, pelo mesmo se encontrar foragido. Foi pedida a citação do acusado, algo que é visto como ponto positivo, segundo a defesa.


"Ele continua negando que teria matado a mãe. Ele não negou o que está no vídeo, pois as imagens são bem claras. O que ele fez não foi suficiente para causar a morte. Esse é o argumento que ele tem usado", completou o advogado.


Justiça expediu mandado de prisão preventiva e Bruno está foragido desde junho
Justiça expediu mandado de prisão preventiva e Bruno está foragido desde junho   Foto: Reprodução/Facebook

A Tribuna procurou a Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas não obteve retorno até a publicação da Reportagem.


A Polícia Civil de Guarujá divulgou imagens de possíveis disfarces de Bruno e pediu apoio da sociedade para localizá-lo. Qualquer informação que colabore com as investigações devem ser esclarecidas por meio de denúncias anônimas ou diretamente à Delegacia de Guarujá, responsável pelo caso.


Relembre o caso

O corpo de Márcia Lanzane foi encontrado na casa onde ela e o filho moravam, no bairro Sítio Cachoeira, em 22 de dezembro. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou o óbito.


Câmeras de monitoramento mostram, na noite anterior, o momento em que Bruno Eustáquio entra em luta corporal com a mãe. Após ambos caírem no chão, o filho usa as duas mãos para esganá-la. Ela tenta resistir, mas não consegue. Pelas imagens, Bruno se certifica se a vítima ainda tinha batimentos. Após cometer o crime, o agressor volta para a sala e assistiu televisão.


A princípio, em depoimento, Bruno informou não ter envolvimento no crime, mas a situação mudou depois de novas suspeitas dos policiais, que questionaram o jovem e ouviram uma confissão. O acusado, no entanto, relatou que a morte teria sido acidental, após um empurrão em uma discussão - segundo ele, a mãe havia batido a cabeça na queda.


O sistema DVR, usado para captação de imagens, estava escondido dentro do forno do fogão. O jovem relatou para os policiais onde estava o aparelho e afirmou que o escondeu por medo.


Uma das tias de Bruno e irmã de Márcia, a autônoma Mariusa da Quadra disse para ATribuna.com.br que o sobrinho arquitetou uma cena de crime para fazer com que a morte da mãe tivesse sido acidental.


Câmeras mostraram que, após o crime, Bruno retornou para a sala e assistiu televisão
Câmeras mostraram que, após o crime, Bruno retornou para a sala e assistiu televisão   Foto: Reprodução/Facebook

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