Importante indício de lavagem de dinheiro cometida por André de Oliveira Macedo, o André do Rap, de 42 anos, foi descoberto pela Polícia Civil. O narcotraficante internacional mantinha duas revendas de barcos em Ilhabela, no Litoral Norte, e em Guarujá.
Quarenta e quatro embarcações foram encontradas nas revendas. Suspeita-se que André do Rap comercializava os barcos para dar aspecto de legalidade ao dinheiro obtido com as vultosas cargas de cocaína despachadas de navio para a Europa, principalmente, pelo Porto de Santos.
Segundo o delegado Fábio Pinheiro, da Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), as investigações prosseguem para identificar os proprietários das embarcações. Os barcos eram negociados em sistema de consignação nas revendas de Guarujá e Ilhabela.
Liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), André do Rap representava a facção brasileira nos negócios com a máfia N’Drangheta, da Calábria, no sul da Itália, para exportar cocaína à Europa.
Condenado pela Justiça Federal e foragido desde 2014, André do Rap foi capturado por policiais do Dope no último dia 15 de setembro. Ele se refugiava em uma mansão alugada em Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro, onde foram apreendidos dois helicópteros e uma lancha.