Acusado de matar suplente de vereador em Alagoas é preso em Praia Grande; veja entrevista exclusiva
Cleber José de Souza Braga teve prisão decretada, mas alega não ter participação no crime. Ele falou com exclusividade para A Tribuna On-line
Um jovem acusado de participar do assassinato a facadas de um professor e suplente de vereador de Arapiraca (AL) foi capturado às 6h30 de quarta-feira (18), em Praia Grande, por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos.
Dois dias após o crime, cometido na casa da vítima em 30 de agosto, Cleber José de Souza Braga Júnior, de 23 anos, fugiu daquela cidade alagoana, distante 130 quilômetros da capital Maceió. Ele veio para Praia Grande e se refugiou na casa de tios, no bairro Quietude.
Identificado como um dos dois coautores do homicídio, Cleber teve a prisão decretada pela Justiça. Desconfiados do suposto paradeiro do rapaz, policiais civis de Arapiraca entraram em contato com a equipe da DIG de Santos.
Com a confirmação do endereço onde Cleber se escondia, o delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior e os investigadores Paulo Carvalhal, Rogério Teófilo e Jairo da Silva Paula foram até lá. O imóvel foi cercado, sendo o procurado capturado sem oferecer resistência.
Entrevista
Com antecedente criminal por tráfico de drogas quando adulto e passagem por porte ilegal de arma de fogo na época de adolescente, Cleber negou envolvimento na morte de Vandieli da Silva Araújo Rocha, de 41 anos, em entrevista exclusiva para A Tribuna.
Segundo o rapaz, ele não conhecia a vítima, vendo-a pela primeira vez na loja de conveniência de um posto de combustíveis na data do homicídio. Na ocasião, Cleber estava com o amigo Wallaph Magno de Almeida de Souza, de 25 anos, o outro acusado do crime.
“A gente bebia e a vítima apareceu lá no posto e começou a beber conosco. Depois, ela nos convidou para tomar umas na casa dela, comprando mais três litros de vodca”, narrou Cleber. No imóvel, o suplente de vereador ligou o som e começou a assar carne na churrasqueira, ainda de acordo com Cleber, que lhe pediu para tomar banho, “porque a cachaça tava me pegando (sic)”.
Ao sair do banheiro, Cleber disse que viu Wallaph sobre a vítima, esfaqueando-a no pescoço e alegando que ela “pegou nas partes íntimas dele”. O rapaz capturado nesta quarta declarou que o amigo ameaçou matá-lo, caso Cleber fosse preso e o denunciasse.
O professor foi encontrado morto com uma faca cravada no pescoço. Inicialmente, suspeitava-se de latrocínio, porque o Volkswagen Up da vítima foi levado. O carro foi localizado incendiado no município de Igaci, a 31 quilômetros de Arapiraca. Cleber também negou o roubo, justificando que o veículo foi usado com o propósito de fuga e para atrapalhar as investigações com a falsa impressão de assalto.
