A dona de um quiosque em Peruíbe levou um susto quando soube que, perto de seu comércio, que fica ao lado da casa em que mora, havia uma jararaca. A retirada do animal foi feita pelo biólogo Edson Ventura, que diz tratar-se de um filhote, que pode ser mais peçonhento do que um animal adulto.
Edson conta que a jararaca é comum na região, e também é a maior causadora de acidentes ofídicos no Brasil. “Se alguém encontrar um animal silvestre dentro de casa ou algum lugar que traga risco para as pessoas e para o próprio animal, o ideal é chamar a Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros ou institutos com treinamento e equipamentos para remoção do animal”, explica.
O biólogo faz parte do instituto Ambiecco, que atua em parceria com o Aquário de Peruíbe no resgate e reabilitação de animais silvestres da Baixada Santista.
“O filhote [de jararaca] é bem pequeno ainda, mas pode ser mais perigoso que um adulto, porque pode injetar uma quantidade maior de peçonha justamente por ser mais jovem e ainda não saber controlar muito bem suas armas químicas”, detalha o especialista.
Para remover o animal do local e devolvê-lo para a natureza, o biólogo utilizou um gancho metálico e um pote com tampa. “Uma coisa importante é ter o gancho, mas não oriento ninguém a fazer isso. Nós, biólogos, temos treinamento, e estamos no mato o tempo todo”, diz.
Caso a pessoa seja vítima da picada da cobra, o veneno causa hemorragia na pele e necrose, podendo causar a amputação de membros e até morte. Além disso, a jararaca se camufla perfeitamente, e fica difícil de achar quando está no ambiente dela. Por isso, Edson recomenda cuidado dobrado ao fazer trilhas.