Especialistas elegem os 15 erros mais comuns cometidos pelos concurseiros na hora dos estudos

Ser aprovado em um concurso público exige dedicação, mas candidato deve tomar cuidado para não se autossabotar

Por: Gabriel Oliveira  -  22/11/18  -  12:22
Um dos erros mais comuns é se deixar dominar pela ansiedade bem na hora da prova
Um dos erros mais comuns é se deixar dominar pela ansiedade bem na hora da prova   Foto: Arquivo

Passar em concurso público exige dedicação, conhecimento, estratégia e organização. Evitar erros recorrentes pode, portanto, encurtar o caminho para a aprovação.


A Tribuna On-line consultou especialistas em concurso e elaborou uma lista com as 15 falhas mais comuns de quem está atrás da carreira pública.


O primeiro erro - e muito prejudicial - é só estudar depois da publicação do edital, documento que traz as informações sobre requisitos, prazos, datas, regras e conteúdos que cairão no exame.


“Isso em razão do tempo curto entre a publicação do edital e a data da prova”, explica o dono do cursinho preparatório Resultado Positivo, Alexandre Goulart.


Segundo o especialista, a solução é “estudar de maneira constante”: manter-se atualizado sobre matérias básicas, como Português, Matemática e Informática, e aproveitar provas anteriores do cargo ou órgão público desejado e da mesma banca organizadora.


Quando o edital sair, leia-o inteiramente para saber quais conteúdos serão cobrados e como eles cairão no exame. A partir daí, monte a grade de estudos.


O problema neste ponto, conforme a coach de técnicas de estudo e estratégia emocional para concursos Martha Vergine, é não estudar com organização e objetivo.


“É preciso estudar com eficiência. Só ler o livro não é estudar. Tem que anotar, produzir materiais a partir do estudo, fazer revisão e aplicar o conteúdo. É muito importante fazer exercícios de provas anteriores, mas com estudo teórico antes”, diz a especialista e autora do blog Eu Estudo Certo, do Grupo Tribuna**.


Tempo e local


Outro erro comum é não organizar tempo e espaço adequados pra preparação. “Faça uma prévia organização de como será a caminhada, reservando o período e onde você estará para desenvolver estudo e aplicabilidade dos conteúdos. Lembre-se que o local deve ser favorável, com boa iluminação, ventilação e tranquilidade”, diz a coordenadora do Instituto Santista de Ensino Preparatório (ISEpicursos), Patricia Prado.


Controle psicológico


A capacidade mental é um aspecto que concurseiros costumam negligenciar, lembra o psicólogo Felipe de Oliveira Silva, dono do Instituto Supera, especializado em preparo psicológico para concursos. “Quando o candidato não se preocupa com a parte emocional, o nível de expectativa depositado naquela vaga gera uma ansiedade muito alta, o que atrapalha”.


Confira abaixo os 15 erros mais comuns, cometidos por concurseiros na hora dos estudos:


1. Estudar só depois da publicação do edital


Esperar o edital sair para estudar é perder tempo e ter menos chances de aprovação. Isso porque o período entre a publicação do documento que traz as informações do concurso e a data da prova normalmente não passa de dois meses. É pouco para estudar todo o conteúdo que cairá no exame.


Por isso, procure os editais da última prova do cargo e do órgão público desejados e de exames recentes da respectiva banca organizadora para ver quais os conteúdos cobrados e como são as questões. Também estude matérias básicas de todo certame, como Português, Matemática e Informática.


2. Deixar de ler e entender o edital


Pode parecer estranho, mas tem gente que não lê o edital, que é o documento que traz as informações sobre requisitos, prazos, datas, regras e conteúdos a serem cobrados em prova. Muitos até leem, mas não compreendem.


Então, é essencial verificar todo o edital com atenção, e anotar os pontos principais que o acompanharão na preparação. Fique atento aos pesos diferentes de cada matéria e às fases seguintes à prova objetiva.


3. Desconhecer a banca organizadora


Provas de uma mesma empresa têm perfis parecidos e, em muitos casos, são repetidos conceitos e abrangência de conteúdos de provas anteriores. Não conhecer isso é sair atrás na disputa.


4. Não montar uma rotina de estudos


Tendo os conteúdos que serão cobrados na prova, distribua-os em um calendário de estudos ao longo da semana, de acordo com a sua disponibilidade e a necessidade de tempo para cada assunto. Estudar sem organização é um grande erro.


5. Ficar só na teoria ou na prática


O estudo é uma composição de teoria e prática. Não adianta nada ler sobre o assunto, mas não testá-lo em exercícios de provas anteriores e simulados. Também é igualmente ruim só fazer testes sem saber o conteúdo teórico.


6. Estudar somente sozinho


Tem candidato que se enxerga como autodidata, mas é sempre bom procurar outras fontes, contratando profissionais de coaching, fazendo parte de grupos de estudo, assistindo a videoaulas na web e/ou integrando curso preparatório. Cada candidato aprende melhor de uma forma.


7. Estudar sem objetivo e técnica


Absorva e processe as informações que está obtendo durante o estudo. Estudar não é só ler. Tem que escrever, anotar, fazer resumos, treinar a memória e responder exercícios. Tenha em mente por que está estudando certo conteúdo e saiba qual parte da disciplina será cobrada na prova para ter um objetivo.


8. Distrair-se durante o estudo


No tempo que você determinar para estudar, faça somente isso. Estipule local e horário para o estudo e esqueça de todo o resto. Celular e redes sociais são distrações que tiram a concentração.


9. Estudar tudo ao mesmo tempo


Com o acúmulo de informações e dificuldades, não se assimila nada. No cronograma, é recomendado iniciar pelas matérias básicas e depois acrescentar outras conforme o estudo evolui.


10. Estudar à exaustão


O candidato deve perceber o tempo de estudos no qual é produtivo. De nada adianta passar dez horas lendo se só assimilou o conteúdo durante cinco delas. É preciso conhecer os próprios limites para não passar do ponto e, além de ficar exausto, gastar tempo.


11. Ser dominado pela ansiedade


O candidato não pode se colocar sob pressão exacerbada, pois corre o risco de ser dominado pela ansiedade. Controle as emoções para conseguir aguentar a rotina de estudos, que muitas vezes é conciliada com trabalho, e não sofrer com o famoso 'branco' na hora de fazer a prova. Alterne os períodos de estudo com momentos de lazer.


Uma dica para controlar a pressão é não apostar todas as fichas no concurso, elegendo-o como a luz no fim do túnel da vida. É preciso valorizar as coisas que se tem atualmente para que o concurso não seja superestimado.


12. Não ter o apoio da família


Pais, parentes, marido ou esposa e namorada (o) precisam embarcar no sonho do concurseiro sem pressioná-lo por resultado. Devem dar apoio para que o candidato sinta-se confortável na preparação. Pessimismo ou otimismo demais pode atrapalhar.


13. Não se preparar para outras fases


O concurso não é composto apenas de prova escrita. Uma fase geralmente esquecida pelos candidatos é a avaliação psicológica. É necessário se preparar mentalmente para encarar esta etapa, vendo no edital quais serão as cobranças e os critérios de avaliação. Não deixe para ver os perfis e comportamentos requisitados em cima da hora, porque não dará tempo de se adequar, porque isso exige período longo de trabalho psicológico.


14. Não se manter motivado


O pior inimigo da mente de um concurseiro é a desmotivação. Pensar que não vai dar certo atrapalha a rotina de estudos. Mantenha-se sempre focado e motivado para conquistar o objetivo que traçou.


15. Desistir na primeira reprovação


Mesmo depois de uma rotina pesada de estudos e de uma preparação mental excelente, pode ser que você não passe no concurso. Isso acontece, ainda mais com a concorrência cada vez maior e o nível crescente das provas. O importante é tomar a reprovação como aprendizado e se preparar para a próxima. Não desista no primeiro obstáculo. Persista.


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