Sindipetro aponta temor com covid-19 na parada da RPBC

Diretor entende que serviço deveria ser adiado; Petrobras afirma tomar cuidados

Por: Júnior Batista  -  08/03/21  -  00:47
  Candidato a prefeito pelo PSOL conta por que decidiu concorrer à vaga de chefe do Executivo
Candidato a prefeito pelo PSOL conta por que decidiu concorrer à vaga de chefe do Executivo   Foto: Divulgação

A parada de manutenção na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, preocupa o diretor de Comunicação do Sindipetro Litoral Paulista, Fábio Mello. Segundo ele, o temor é sanitário.


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“Há uma preocupação pela pandemia, porque a maioria das atividades desses trabalhos em parada acontece de forma confinada, não são espaços para habitação humana”, afirma. Ele diz que os trabalhos começariam em 20 de fevereiro, mas foram adiados por pressão do sindicato.


Ainda que a estatal tenha concordado em garantir o acompanhamento do sindicato nos trabalhos, Mello entende que a parada poderia ter sido postergada. Para ele, o ponto positivo está na geração de empregos, ainda mais em um período de grande desemprego na Baixada, com quase 14 mil pessoas sem trabalho. Porém, é preciso ter ressalvas”, observa.


O sindicalista explica que a saúde financeira das empresas também precisa ser avaliada de perto, citando casos em que trabalhadores tiveram problemas para receber pagamento.


“Isso é muito importante porque estamos falando de uma parada com grande número de trabalhadores, full time (em tempo integral), em três turnos de revezamentos fixos. Há dois anos, tivemos experiências de não recebimento de salários. O temor é compartilhado pelos sindicatos dos Metalúrgicos, Construção Civil e pela Comissão dos Desempregados de Cuba-tão”, acrescenta.


Estatal: em dia


Em nota, a Petrobras disse que a parada segue os protocolos do Ministério da Saúde e da própria estatal, como “a utilização de máscaras de proteção, adequação dos ambientes e meios de transporte para facilitar o distanciamento social, fornecimento de lavatórios e álcool em gel para limpeza das mãos e medição de temperatura diariamente em 100% dos trabalhadores antes da entrada na refinaria”.


A empresa também informou que fez testes rápidos em todos os candidatos às vagas antes de ingressarem na refinaria e vai repeti-los a cada 14 dias, afastando funcionários quando necessário.


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