Em campanha salarial desde o mês de maio, petroleiros da região se preparam para aderir à paralisação nacional da categoria. Atos na Refinaria de Cubatão e na Unidade de Negócios no Valongo, em Santos, estão programados para este sábado (26), quando os trabalhadores cruzam os braços.
A mobilização foi definida na quarta-feira (23), em reunião do Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP), no Rio de Janeiro. Segundo a FUP, a ação é por tempo indeterminado, em busca de acordo coletivo sem perda de direitos trabalhistas.
De acordo com coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), Adaedson Bezerra da Costa, a greve é em reação à proposta da estatal para o dissídio coletivo, que não repôs a inflação do período e retirou a antecipação do 13° salário. Ele afirma que os atos na região ainda serão definidos pela categoria, sendo estendidos também aos petroleiros embarcados.
“A Petrobras continua a vender seus ativos, demitir funcionários e a criar clima de terror sobre os trabalhadores, com redução dos direitos trabalhistas. Tudo isso diante de um lucro de R$ 18 bilhões registrado no primeiro trimestre”, diz Costa.
Ele afirma que a estatal reduziu investimentos de manutenção nas plantas, elevando risco de acidentes. “Os trabalhadores se sacrificam para garantir altos os ganhos dos acionistas”.
A Petrobras diz que vai levar ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) pedido de dissídio coletivo para solucionar o conflito. A estatal reivindica número mínimo de trabalhadores nas unidades durante a greve.