Onde investir: Fundos de torres corporativas

Os fundos são interessantes por permitirem ampla diversificação

Por: Marcelo Santos & Da Redação &  -  07/12/19  -  19:48
Tamanho menor de apartamentos traz nova leva de moradores a Praia Grande
Tamanho menor de apartamentos traz nova leva de moradores a Praia Grande   Foto: Alexsander Ferraz/ AT

A disputa pelo edifício Tower Bridge, avaliado em R$ 1 bilhão e situado na região dos prédios corporativos de luxo da Capital, dá uma pista para onde os investidores devem olhar no segmento de fundos imobiliários. Os fundos são interessantes por permitirem ampla diversificação. Os mais conservadores podem comprar cotas de fundos de títulos imobiliários. Os arrojados entram nos fundos que patrocinam novos empreendimentos (se a obra empacar na Prefeitura é perda na certa; se os compradores das unidades físicas amarem, é lucro folgado) e a grande maioria adquire cotas dos que têm inquilinos como shoppings, hospitais, universidades e empresas (galpões logísticos ou lajes corporativas).


Retornando ao caso do Tower Bridge, o que gera interesse pelo prédio, segundo analistas especializados em fundos imobiliários, é que aumentou a disposição das empresas em pagar mais caro para se instalar em prédios triplo A, os mais sofisticados e que geralmente se concentram na Faria Lima e JK, avenidas top do setor corporativo da Capital. Há notícias também de edifícios desse perfil negociados perto de R$ 30 mil o metro quadrado. A comparação não tem muito a ver, mas em Santos, no auge da expansão imobiliária inflada pelo pré-sal, unidades residenciais foram vendidas aqui acima de R$ 10 mil.


Se há empresas dispostas a se tornarem inquilinas em prédios tão caros, é sinal de que os fundos imobiliários que são donos de edifícios assim terão menor vacância (vacância=espaços desocupados) – analistas das corretoras afirmam que isso já acontece sim, que é sinal de que esses fundos vão faturar mais, com possível valorização das cotas e dos aluguéis que são pagos aos cotistas mensalmente. Lembre-se, todos os fundos imobiliários têm suas cotas negociadas na Bovespa, como se fossem ações (não são!) e o investidor ainda recebe sua participação no aluguel (algumas vezes isso pode não acontecer).


O investidor também não pode se esquecer de olhar para os galpões logísticos. Se o PIB cresce, há potencial de locação desses imóveis (olha a vacância menor aí também). Existe o fenômeno das lojas on-line, que não ocupam lojas de ruas, mas dependem de galpões para suas mercadorias.
Fica o alerta: estude muito antes, porque há fundos donos do mesmo tipo de imóveis, mas que não dão resultados parecidos. Consulte sua corretora ou apele até para o YouTube (busque fundos imobiliários).


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