O índice FipeZap, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base nos anúncios dos portais de imóveis, apontou aumento da oferta de venda no País. Entre os dados estão os usados, categoria que é estimulada pela disposição do comprador de voltar ao mercado.Em Santos o Fipezap apontou alta de 4,4% no ano passado, na comparação com 2019. Em Praia Grande, houve crescimento de 3,14% no mesmo período, enquanto Guarujá avançou 0,58% e São Vicente, 0,2%.
O delegado regional do Conselho de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), Carlos Ferreira, afirma que a busca por apartamentos maiores, pela opção por home office, continua puxando as vendas. “Setembro, outubro e novembro foram muito bons”, diz.
Segundo Ferreira, as taxas de juros favorecem a venda de imóveis de alto padrão, enquanto o programa Casa Verde e Amarela é alvo da baixa renda.
Para o diretor regional do Secovi, Carlos Meschini, a classe alta ficou em casa com dinheiro parado e investiu em imóveis por acreditar numa valorização futura, lembrando que a renda fixa paga juros baixos.
“A Riviera (em Bertioga), por exemplo, que registra esse aumento, é cada vez mais opção. Tem praia, sossego, segurança. Quem tem dinheiro e condição de trabalhar de casa quer se mudar por uma qualidade de vida melhor”, conclui.
De acordo com Meschini, as perspectivas de que haja aumento no número de projetos neste ano é grande para a Cidade. Ele avalia que este ano terá recuperação comparável a 2019, com crescimento em 2022. “Por causa do covid, todo mundo segurou um pouco os planos”.
O presidente da Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista (Assecob), Ricardo Beschizza, diz que é preciso “superar o assunto vacina”. “Com uma vacinação em massa, há mais segurança para a economia e os ânimos dos investidores também melhoram”.