Com preços em alta, jeito é pesquisar combustíveis

Flagrante de mudança de preços em posto: reajuste nas bombas foi aplicado no dia da alta nas refinarias

Por: Júnior Batista  -  04/03/21  -  00:21
Em Santos, gasolina varia pelo menos 18%
Em Santos, gasolina varia pelo menos 18%   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Com a mais recente alta dos combustíveis anunciada pela Petrobras, vigente desde ontem, o preço nas bombas subiu no mesmo dia. No caso da gasolina, a diferença é de pelo menos 17,9% em postos de Santos. 


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Nesta terça-feira (2), a Reportagem percorreu cinco postos na Cidade, nos mesmos locais pesquisados no último dia 22, também após o anúncio de um aumento. O valor mais baixo da gasolina foi num posto do Valongo: R$ 4,74. O mais alto é no mesmo bairro, a R$ 5,59.


No entanto, permanece o alerta para se verificar a procedência da gasolina. É o que faz o motorista por aplicativo Christian Macedo, de 29 anos. “A qualidade faz diferença. Gasolina barata geralmente rende menos, então, tem que ver o que compensa. Mas eu sempre achei a gasolina no Brasil cara”, diz.


Macedo dirige um carro a gás natural, mais barato. Mas tem uma moto esportiva e diz ter sentido uma diferença de mais de 10%, desde o começo do ano, quando vai abastecê-la.


“Para a mesma quantidade de litros que eu colocava com R$ 50, hoje gasto R$ 55, beirando R$ 60. Se tivéssemos mais gasolina nossa e menos importada, talvez fosse melhor e pagaríamos menos”, afirma.


De acordo com o último levantamento de preços no Brasil feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que considera o período de 21 a 27 de fevereiro — antes do aumento de ontem —, o preço médio da gasolina é de R$ 5,17. É uma elevação 5,2% em relação à semana anterior, com média de R$ 4,91.


O aumento anunciado na segunda-feira foi o quinto do ano. Desde janeiro, conforme a ANP, o preço nos postos subiu 7,7%. 


Nas refinarias, o preço médio do litro da gasolina passou a R$ 2,60 por litro, 12 centavos mais alto. 


Etanol


De acordo com dados levantados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), os aumentos do etanol anidro (que vai misturado à gasolina) e do hidratado (que vai diretamente no tanque), em São Paulo, superam os aumentos aplicados pela Petrobras.


Na semana iniciada em 26 de fevereiro, antes do aumento de segunda-feira, a variação semanal do etanol hidratado foi de 7,25% em relação à semana anterior, custando R$ 2,71 por litro. Isso, desconsiderando o valor do frete.


Se comparado o preço cobrado na semana do dia 19 de fevereiro em relação à semana do dia 12, a variação é maior, de 12,43% — passando de R$ 2,24 para R$ 2,52.


Desde 22 de janeiro, o indicador é estimado com preços praticados em vendas internas (com base de 13,3% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, ICMS) e em vendas interestaduais (12% de ICMS). 


Com relação ao etanol anidro, a variação semanal registrada no último dia 26 é de 5,95% na comparação com a anterior, do dia 19. O valor saiu de R$ 2,76 para R$ 2,92. 


Entre 12 e 19 de fevereiro, o salto foi de 10,63%, com o preço do litro aumentando de R$ 2,49 para R$ 2,76.


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