A Baixada Santista gerou, em setembro, 1.228 postos de trabalho, resultantes de 11.638 admissões e 10.410 demissões. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados esta semana pelo Ministério do Trabalho e da Previdência.
O número, entretanto é inferior ao último levantamento, de agosto, quando foi verificado um saldo positivo de 1.964 empregos (13.103 contratações e 11.139 demissões).
No comparativo com setembro do ano passado, o número de admissões cresceu de 10.887 em 2021 para 11.637 agora, enquanto o de demitidos avançou de 7.205 para 10.410. Em setembro do ano passado, o saldo foi de 3.682.
Em Santos, o principal setor que contribuiu com novos postos de trabalho foi o de serviços (3.226), em especial o de escritório, apoio administrativo e outros serviços prestados às empresas, com 142 admissões.
O setor que mais demitiu também foi o de serviços, sobretudo informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 1.095.
Segunda cidade que mais contratou em setembro na região, Praia Grande teve como destaque os setores de serviços (769 vagas) e comércio (767), praticamente empatados. Em serviços, destaque para atividades administrativas e serviços complementares (265 novos postos). Já no comércio, as vagas ficaram concentradas em compra/venda e serviços de reparação de veículos automotores e motocicletas.
No acumulado entre janeiro e setembro deste ano, foram verificados 110.011 admissões e 99.994 demissões, um saldo positivo de 10.017 vagas. No comparativo com o mesmo período de 2021, há um crescimento no número de contratados (foram 95.135 no ano passado) e nas demissões (80.278), com um saldo positivo de 14.857 postos.
Análise
Para o economista Denis Castro, fica evidente uma desaceleração na criação de empregos ocasionada pela queda da atividade econômica. Ele cita ainda um destaque especial para a diminuição do saldo no comparativo com o ano passado.
“Isso é efeito direto da atividade econômica que está travada por conta da inflação alta, renda baixa e taxas de juros altas que acabam por encarecer o crédito e diminuir o consumo”, afirma.
Para ele, é urgente que ocorra diminuição da taxa Selic e um esforço regional para qualificação dos trabalhadores e incentivos para atividade produtiva. “Merecem atenção os setores de tecnologia e de produção de manufaturados ou processamento de commodities agrícolas”, conclui.