Aluguel tem reajuste de 7,54% em janeiro

A queda da inflação voltou a ter reflexos nos índices de reajuste de aluguel. Depois de ficar em torno de 10% nos meses de outubro, novembro e dezembro do ano passado, a correção de aluguéis de contratos atrelados ao Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) e com vencimento em janeiro será de 7,54%.

Esse percentual corresponde também à inflação acumulada ao longo do ano passado, detectada por esse índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas.

Para encontrar o novo aluguel, basta multiplicar o valor que vem sendo pago por 1,0754. O resultado corresponde ao total a ser pago no fim de janeiro ou início de fevereiro, de acordo com o que estiver fixado em contrato. Um aluguel de R$ 2 mil, por exemplo, vai pular para R$ 2.150,80.

Aproveite para negociar

A situação ainda é mais favorável aos inquilinos na hora de iniciar ou renovar uma locação do que aos proprietários. Isso porque a oferta supera com boa margem a procura por imóveis.

Como consequência da crise financeira dos últimos anos, muita gente voltou a morar com os pais ou passou a viver com irmão, parentes ou amigos na tentativa de cortar os gastos.

Há quem tenha deixado de morar nos grandes centros e migrado para bairros mais periféricos na tentativa de encontrar aluguéis mais baixos.

O fato é que quem é um bom inquilino sempre cuidou e preservou o imóvel, pagando em dia os compromissos, tem espaço para negociar um reajuste menor ou ainda para tentar manter o valor que vem pagando. Por sua vez, o proprietário pode prefere abrir mão de cobrar e receber um aluguel mais alto a ficar com o imóvel desocupado e tendo de cobrir despesas como IPTU ou taxas de condomínio.

Se a inflação continuar em queda, o reajuste de aluguel nos próximos meses tende a ser menor ainda.

Preocupação com moradia

Pesquisa recente desenvolvida pelo portal Imovelweb revela quais são os principais fatores que influenciam as pessoas no momento de alugar ou renovar um contrato de locação.

Para a maior parte dos entrevistados em todo do País (50%) a localização é a principal preocupação. Na segunda posição apareceu o total de gastos com o imóvel (20%), na terceira, o preço do aluguel (10%) empatado com facilidades obtidas com a nova locação (10%).

Segundo a pesquisa, 67% aceitariam dividir o imóvel com outra pessoa para reduzir gastos e 67% afirmaram ter preferência por mobiliados. Todos asseguraram ter reformado o imóvel alugado.