Câncer de colo de útero é o terceiro mais comum entre as mulheres

Especialista aborda formas de contágio e prevenção, com a vacinação de meninas

Por: Yasmin Vilar & De A Tribuna On-line &  -  27/01/19  -  10:33
  Foto: Divulgação/SCSM

O câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente entre as mulheres. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2018, mais de 16.370 casos foram identificados no país. O último levantamento do INCA, realizado em 2015, indica que 5.727 mulheres faleceram devido a esse tipo de câncer.


A especialista em Ginecologia Anna Paula Freitas Leme acredita que informar e orientar a população a procurar regularmente um profissional é fundamental para o combate à doença. “Impedir o aparecimento do câncer passa por um exame simples e barato, como um preventivo [Papanicolau]. Isso já é suficiente para a investigação diagnóstica".


Uma das formas de prevenção da doença é por meio da vacinação contra o Papilomavírus humano (HPV), um dos principais responsáveis pelo câncer. A recomendação é que meninas devem ser vacinadas entre nove e 14 anos, e os meninos entre 11 e 14 anos. Entretanto, a médica afirma não ser suficiente. "A vacinação não exclui o uso de preservativo, ou ainda a realização do preventivo após o início da vida sexual".


O contágio pode ocorrer por meio de relações sexuais e, também, apesar de raro, durante o parto. O tratamento para os casos é indicado de maneira individual. Em casos de câncer, a doença pode ser tratada por meio cirurgia, quimioterapia e radioterapia.


Anna Paula ressalta que, na maioria dos casos, a doença não apresenta sintomas, podendo não haver lesões, ou serem apenas identificadas microscopicamente. “Estima-se que apenas cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV irão desenvolver algum sintoma. Normalmente, as manifestações clínicas se apresentam como verrugas [condilomas acuminados, vulgarmente chamados de ‘crista de galo’]", explica.


As pacientes ainda podem apresentar pré-disposição ao câncer e a complicações no colo de útero por conta de hábitos como o tabagismo, início precoce da vida sexual, número elevado de parceiros sexuais, imunidade e até mesmo a idade, pois a maior parte das infecções em mulheres abaixo dos 30 anos regride.


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