A União Europeia (UE) se mostrou decidida, na quarta-feira (30), a não reabrir o acordo do Brexit alcançado, apesar da pressão da primeira-ministra britânica, Theresa May, por uma renegociação usando o “mandato” de seu Parlamento.
“Minha mensagem a [...] May: a posição da UE é clara e coerente. O Acordo de Retirada não está aberto a sua renegociação”, tuitou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, para quem os europeus não sabem ainda “o que quer o Reino Unido”.
Faltando quase dois meses para o Brexit, previsto para 29 de março, Tusk fez eco das vozes no bloco, como as de Alemanha, França e Irlanda, contrárias à reabertura de um processo difícil, que durou quase um ano e meio, o que parece conduzir ao fracasso da queda de braço de May.
Um pouco antes, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, também declarou, perante a Eurocâmara, seu repúdio a renegociar o acordo, e urgiu preparar-se “para todos os cenários, inclusive o pior”, em alusão a uma saída abrupta do Reino Unido.
Um porta-voz da premier minimizou as palavras de seus sócios europeus e defendeu a reabertura do acordo “para conseguir o apoio parlamentar”, já que “a UE diz que quer que o Reino Unido saia com um acordo”, e o atual foi rejeitado em Westminster.