Primeiro 'alô' da história faz 145 anos nesta quarta-feira

Na verdade, 10 de março foi a data em que o telefone foi patenteado pelo seu criador Alexander Graham Bell

Por: Nathália de Alcantara  -  10/03/21  -  21:10
Nesta quarta-feira (10), faz 145 anos da primeira conversa por telefone
Nesta quarta-feira (10), faz 145 anos da primeira conversa por telefone   Foto: Jez Timms/Unsplash

É ele a primeira coisa que vemos ao acordar e a última que espiamos antes de dormir. Além de nos aproximar de familiares e amigos, ele ainda avisa a hora de ir para o trabalho e se chegou e-mail novo. Isso sem esquecer que traz a mensagem tão esperada, registra e captura momentos importantes da nossa vida e ainda ajuda a pagar as contas. Nesta quarta-feira (10), faz 145 anos da primeira conversa por telefone, o aparelho que já passou por diversas atualizações, mas nunca sai de moda.


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Na verdade, 10 de março foi a data em que a invenção foi patenteada pelo seu criador Alexander Graham Bell (1847 – 1922). Quase um século e meio depois, o telefone ocupa um outro patamar na vida da gente: o de computador portátil, que guarda praticamente a nossa vida e a nossa rotina.


>> Entenda a evolução do telefone


Quem acorda todos os dias com um “bom dia” do próprio aparelho é a estudante Juliana Albuquerque Amado, de 17 anos.


“Ele guarda todas as minhas informações, todos os meus dados. Ano passado, fui assaltada saindo da escola e foi como se tivesse perdido alguém da família. Tive de comprar outro no mesmo dia, pois não dá para viver sem essa facilidade”.


Apesar de tantos modelos, tamanhos, cores e opções, nem todo mundo anda com um celular na mão (no bolso, na bolsa) para cima e para baixo. O mecânico de autos Antonio José Nepomuceno Pereira, de 49 anos, até que gostaria, mas diz que não tem dinheiro para comprar um neste momento.


“É importante demais ter telefone e é muito bom que o orelhão funcione tão direitinho. Parabéns para Graham Bell, pois é isso que me salva enquanto não consigo comprar um celular para mim”, explica.


Os complicadores são encontrar um orelhão em Santos. Depois, um que funcione e, por último, algum lugar que venda cartão para a ligação.


“São raros, mas ainda tem orelhão. Eu uso para me comunicar com os amigos e a minha mulher. Nós combinamos e eu fico aguardando a ligação dela. Com os amigos, eu ligo a cobrar e eles me retornam”.


Relíquia


No antiquário de Francisco Quaresma, localizado no piso superior do Mercado Municipal de Santos, tem uma relíquia de 1910.


“Estou nesse local há 10 anos e temos uma variedade grande de telefones. Esse, que é o mais antigo, é de manivela e americano. Mas o mercado está muito difícil ultimamente não só para isso, mas para os demais produtos também. As coisas estão depreciadas”.


Um dos maiores fãs da invenção, Antonio Fernandes, de 53 anos, tem um quarto só para guardar sua coleção de telefones.


“Eles contam a história. Eu olho para eles e penso: imagine quantas conversas aconteceram aqui. É algo que admiro muito. É fascinante”.


Em sua casa, no Guaiuba, em Guarujá, ele guarda modelos de várias épocas, além de todos os celulares que teve.


“As pessoas já sabem desse meu hobby e me presenteiam com telefones. É algo diferente, eu sei, mas adoro pesquisar sobre o assunto e ver o que ele representa. Imagine quantos se sentiram mais próximos com ele, quantos momentos especiais”.


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