Polícia do Rio investiga aplicação de 'vacina de vento' em três cidades

Situação pode ser enquadrada como crime de peculato

Por: Do Estadão Conteúdo  -  16/02/21  -  13:07
Até 23 de outubro, 502 casos autóctones da doença foram detectados no Estado
Até 23 de outubro, 502 casos autóctones da doença foram detectados no Estado   Foto: Arquivo/Alexsander Ferraz/AT

Após imagens repercutirem, a Polícia Civil do Rio abriu investigação para apurar a suposta falsa aplicação de vacinas contra a covid-19 em diferentes cidades do Estado. Relatos apontaram para a prática - que pode configurar crime de peculato - na capital, na vizinha Niterói e em Petrópolis, na região serrana.


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As suspeitas sempre começam quando familiares de idosos que foram se vacinar estranham o movimento feito pela pessoa que está aplicando a dose. Em um dos casos, por exemplo, o profissional de Saúde nem sequer aperta o êmbolo da seringa.


"Se as investigações confirmarem que houve desvio de dose, ou qualquer outra irregularidade, o profissional de saúde poderá ser autuado pelo crime de peculato, que tem penas que podem chegar até a 12 anos de reclusão", disse, em nota, a Polícia Civil.


O crime de peculato é definido como aquele em que o funcionário público se apropria de "dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio." Um exemplo clássico disso na política é a chamada "rachadinha", quando um deputado, por exemplo, recebe dinheiro desviado de seus assessores.


Nos últimos dias, as secretarias de Saúde de Goiânia, em Goiás, Maceió, em Alagoas, e Manaus, no Amazonas, revisaram os procedimentos para evitar falhas na aplicação de doses da vacina depois que denúncias parecidas foram feitas.


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