Um feminicídio no Equador que envolve um venezuelano derivou em surtos de violência contra pessoas dessa nacionalidade, levando o governo a fazer um chamado para tentar apagar as demonstrações de xenofobia, mas também a tentar tomar medidas migratórias mais rígidas.
O assassinato de uma equatoriana no sábado (19) em Ibarra (Norte) fez com que setores da população expulsassem venezuelanos de hotéis, casas e parques onde dormiam, e exigissem que abandonassem a cidade, principal passagem para o interior do Equador, segundo a imprensa nacional.
“O agressor, neste caso, é um cidadão estrangeiro, o que poderia provocar uma generalização que só trará mais violência. É o momento de lembrar que o nosso povo também é migrante”, disse na segunda-feira (21) o vice-presidente Otto Sonnenholzner. A autoridade pediu à população por rádio e televisão que “aja com os demais como gostaríamos que agissem conosco”.
No entanto, também anunciou novas disposições para os venezuelanos entrarem em seu país. “A partir de hoje e em vista de o governo venezuelano separar o seu país da Comunidade Andina, será necessário que todos os seus cidadãos apresentem ficha criminal”, disse.
Diante da diáspora de venezuelanos, Quito apenas exigia a identidade para deixá-los entrar.