O ministro Edson Fachin do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira(8) anular todas as sentenças contra o ex-presidente Luiz Inácio da Silva no âmbito das investigações da Operação Lava Jato em Curitiba, fato que tornou o petista elegível, ou seja, apto a ser candidato nas próximas eleições.
Durante esta terça-feira (9), ministros votaram sobre a suspeição do juiz Sergio Moro no caso do triplex do Guarujá, contudo a decisão pode ser prorrogada, depois de um pedido de vista do ministro Nunes Marques.
A reportagem da A Tribuna foi às ruas de Santos para saber a opinião da população sobre a decisão no ministro Edson Fachin e a possibilidade de Lula ser candidato nas próximas eleições. Confira na videorreportagem acima.
É o caso, por exemplo, do autônomo Levy Giralomo, que disse se sentir um "palhaço", quando perguntado sobre as mudanças das decisões do Supremo Tribunal Federal. O caso divide opiniões entre parte da população ouvida pela reportagem, na região do Gonzaga, em Santos, mas o ponto em comum entre as pessoas ouvidas foi o sentimento de desânimo em relação à política brasileira, de modo geral, e os rumos do País.
Contudo, mesmo diante das incertezas da volta dos direitos políticos de Lula, a possibilidade traz divergências entre as pessoas ouvidas pela reportagem.
É o caso, por exemplo, do gestor ambiental, Condensar Fernandes, que não concorda com o modo como a pandemia está sendo enfrentada pelo governo. “Se houver a anulação [das sentenças], o Lula é o principal candidato à presidência, a partir de agora. Eu votaria no Lula, porque eu acho o País está muito mal com o Bolsonaro, é só ver o que está acontecendo com a vacinação”. De um lado, algumas comemoraram a volta de Lula para o cenário político, ao demonstrarem insatisfação com o atual governo do presidente Jair Bolsonaro.
Por outro lado, há pessoas que são contrárias ao retorno de Lula para a política brasileira, como é o caso do autônomo Emídio Antunes. “Eu acho que ele [Lula] deveria se retirar da vida pública, constituir uma nova família com a nova esposa e esquecer que algum dia ele foi político”.
Diante da última decisão do ministro Fachin, se o ex-presidente não sofrer nenhuma condenação em segunda instância até 2022, ele não estára impedido de ser candidato à Presidência da República.
Porém, a Procuradoria Geral da República (PGR) pode recorrrer à medida de Fachin e encaminhar o caso para a Segunda Turma do STF, que é composta por Fachin e ministros Carmen Lúcia, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Kassio Nunes Marques.
Já a votação sobre a suspeição do juiz Sergio Moro está empatada até o momento. Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela suspeição; enquanto Carmen Lúcia e Fachin votaram a favor de Moro. Já Nunes Marques pediu a revisão do caso.
*Com informações do G1