'Vou dar minha vida para manter a titularidade', diz o lateral Orinho

Único lateral-esquerdo do elenco do Santos, o jogador voltou de empréstimo mirando a titularidade em 2019

Por: Bruno Lima & Da Redação &  -  21/01/19  -  13:10
Atualizado em 21/01/19 - 13:12
  Foto: Ivan Storti/Santos FC

Único lateral-esquerdo do elenco do Santos, Orinho começa a temporada 2019 cheio de expectativa. Após um ano emprestado à Ponte Preta, o jogador, com contrato até maio, recusou propostas para mostrar que a sua hora com a camisa do Peixe chegou. Em entrevista para A Tribuna, o atleta fala sobre como tem sido a experiência de trabalhar com o técnico Jorge Sampaoli, a oportunidadede defender a camisa alvinegra e o que o torcedor pode esperar dele dentro de campo.


Como está a sua situação contratual com o Santos? O seu vínculo termina em maio. Já iniciou conversas para renovar?


Conversei com o meu empresário, estava conversando com o Sérgio Dimas (gerente administrativo de futebol demitido há pouco mais de uma semana) e disse que quero ficar. É o clube que me revelou. Tive empréstimo para a Ponte Preta no ano passado, mas agora quero ficar, e as coisas estão caminhando para isso.


Mesmo renovando o vínculo, caso o Santos contrate um novo lateral-esquerdo e você não venha a jogar,pensa em procurar espaço em outro clube ou está decidido a ficar na Vila Belmiro?


A minha intenção é permanecer no Santos. O professor Sampaoli vem com uma nova filosofia e nesse começo todo mundo está se dedicando. E comigo não é diferente. Vou dar a vida para manter a titularidade.


Entre o fim da Série B do Campeonato Brasileiro, quando defendeu a Ponte Preta, e esse início de Campeonato Paulista houve propostas? Quais clubes te procuraram?


Tive alguns clubes interessados. O Goiás, o Fluminense, a própria Ponte Preta queria que eu permanecesse, mas a minha vontade sempre foi a de voltar e permanecer no Santos.


Por quê?


Porque praticamente toda aminhaformaçãonas categorias de base foi aqui no Santos. Foi o clube que me deu oportunidade e o lugar que mudou a minha vida e a dos meus familiares. Então, eu não podia sair assim, sem jogar. Só sairia se eles (dirigentes) falassem: “Orinho, a gente não quer permanecer com você”. Mas nunca falaram isso. Eu voltei, estou trabalhando, e quero ficar.


Como é iniciar a temporada como o único lateral-esquerdo do elenco do Santos?


Eu vejo essa situação com tranquilidade.Tenho a cabeça boa. Mas sei de tudo em que preciso melhorar. As pessoas me perguntam se isso, de ser o único lateral me tranquiliza, se não fico sob forte cobrança, e digo que não é assim. Não dá tranquilidade nenhuma. Tenho que trabalhar e estar focado porque no Santos água bate na bunda o tempo todo. É o maior clube que tem. Então, é falar menos e trabalhar mais, e é isso que estou fazendo.


Por ser o único lateral-esquerdo do elenco e ter a oportunidade de começar a temporada como titular faz de 2019 um ano especial para você?


Com certeza. No passado aconteceram coisas que me fizeram decretar que esse é o ano em que preciso dar uma guinada na minha vida ajudar os meus familiares. Tenho que mostrar que não sou mais o menino da base. Tenho que mostrar o porque de estar no Santos.


O Santos está no mercado buscando um novo lateral esquerdo.Isso te incomoda?


Estou tranquilo. É como converso com o pessoal do elenco. Quem chegar (de jogadores) será bem-vindo. A gente sabe que temosque terumelenco qualificado, porque é Santos e vou dar o meu máximo. Se chegar alguém, vamos brigarpor posição,mas certamente será uma disputa saudável e tudo ficará a critério do professor.


Como têm sido essas conversas com Sampaoli? O que ele te fala sobre jogar ou não?


(Risos). Ele não fala nada. Só quer que trabalhe, e eu não fico perguntando. O Sampaoli é um treinador muito exigente. Está cobrando, pedindo várias coisas, e graças a Deus está dando certo.


Bateu uma ansiedade diferente no amistoso com o Corinthians? Era a primeira partida de Sampaoli no Santos, estreia na temporada e diante do arquirrival. Como foi?


Primeiro tenho que agradecer a Deus por ter um treinador como o Sampaoli, que é falado no mundo todo,me dando essa oportunidade contra o Corinthians. Fiquei muito emocionado. Antes da partida, falei para os meus pais que era o jogo da minha vida e que tinha que agarrar com os dez dedos. Faltaram algumas coisas, é o começo, mas fui bem. Quero escutar mais o treinador, errar menos para que 2019 seja especial.


O que o torcedor pode esperar do Orinho na lateral-esquerda do Santos?


Pode esperar um Orinho ofensivo e na defesa muito responsável. Na hora de atacar é atacar com todas as forças.


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