No duelo entre as duas melhores equipes do returno do Brasileirão, Santos e Palmeiras colocam mais do que a rivalidade em campo neste sábado (3), às 19 horas, no Allianz Parque, em São Paulo, pela 32ª rodada. Se o Palmeiras joga para se recuperar da eliminação na Libertadores e manter a vantagem na ponta do Nacional, o Alvinegro quer confirmar a ascensão para brigar por uma vaga na competição sul-americana em 2019.
O Santos vem de uma invencibilidade de cinco jogos, com quatro vitórias e um empate, e é o vice-líder no segundo turno, com 25 pontos. O Palmeiras somou 30 no returno.
A princípio, Cuca não tem problemas para escalar o time. Após cumprirem suspensão, Gustavo Henrique e Luiz Felipe devem retornar à zaga, mas Lucas Veríssimo, poupado do treino de ontem, corre por fora para retomar a titularidade.
No setor ofensivo, Gabriel treinou normalmente ontem, após deixar o treino da última quinta-feira ao levar uma pancada, e está confirmado no comando do ataque, ao lado de Rodrygo. A dúvida é se Cuca manterá Bruno Henrique ou se escala Derlis González.
"Ele está bem, não tá mal, é que nos acostumamos com ele daquela forma, voando, mas a gente tem que entender que ele teve três lesões, no quadril, uma muscular e uma no olho. Mas eu já falei, não abro mão, é peça importante pra nós", disse Cuca ontem, ao ser perguntado sobre Bruno Henrique.
Favoritismo para lá
Cuca não acredita que a eliminação do Palmeiras para o Boca Juniors, na quarta-feira passada, pela semifinal da Libertadores, abale a equipe de Felipão para o clássico. E tratou de jogar o favoritismo para o rival.
"Não é porque perdeu que vão ficar mais fracos, o respeito por eles é o mesmo. Tem um elenco muito forte, não à toa são lideres com quatro pontos de vantagem. Jogando em casa, a favor de sua torcida, com todos os jogadores à disposição, acho que o favoritismo é do Palmeiras", avaliou.
Para voltar de São Paulo com um bom resultado, Cuca quer ver a equipe atuando com a consistência demonstrada no returno. Para isso, entende que a atuação de Gabriel, artilheiro do Brasileirão com 16 gols, não deve ter um peso maior no confronto.
"Ele (Gabigol) tem uma responsabilidade grande, mas um clássico é jogado e se ganha com comportamento coletivo da equipe. Saber passar um momento ruim e saber oferecer ao adversário também uma situação ruim. Ser equilibrado como a gente tem sido, principalmente no segundo turno".
O fato de conhecer bem o elenco do Palmeiras, clube que deixou em outubro do ano passado, não é visto por Cuca como uma vantagem. Neste aspecto, o treinador descartou ter cartas na manga para surpreender o alviverde.
"Não tem armadilha, do mesmo jeito que a gente assiste o Palmeiras, eles tão vendo a gente jogar. Não tem como você ter surpresas no momento final do campeonato. Torço pra ser um grande jogo, cada um na sua característica".