"Não sei com que cara olhar para as pessoas", diz Bustos após derrota do Santos

Visivelmente abalado com a atuação do time, técnico definiu a partida como vergonhosa

Por: Bruno Lima  -  23/06/22  -  01:05
Atualizado em 23/06/22 - 09:18
Bustos:
Bustos:   Foto: Matheus Tagé/AT

Visivelmente abalado com a atuação do Santos na derrota por 4 a 0 para o Corinthians, na noite desta quarta-feira (22), na Neo Química Arena, pelo confronto de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, o técnico Fabián Bustos definiu a partida do Peixe como vergonhosa.


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Em entrevista coletiva após a derrota, o treinador argentino disse não saber como irá olhar para os torcedores do Peixe nos próximos dias.


"Foi uma vergonha. Tudo. Não tenho nem o que dizer. Foi uma vergonha. Não sei com que cara olhar para as pessoas de Santos. Foi uma vergonha. Trotamos em campo, não competimos como temos que competir", disse Bustos, que foi além.


Questionado sobre os motivos que o fizeram voltar para o segundo tempo com o mesmo time da primeira etapa, o treinador afirmou que, com exceção de João Paulo e Marcos Leonardo, todos mereciam ser substituídos no intervalo. Porém, voltou a reclamar da arbitragem.


Na visão do técnico do Santos, Léo Baptistão sofreu falta no primeiro gol do Corinthians.


"Eu tinha que tirar os 11 (no intervalo). Todos, menos Marcos Leonardo e João Paulo. Não gosto de falar mal de jogador, mas tirando João Paulo e Marcos Leonardo, eu tinha que trocar todos. O primeiro gol foi em uma falta sobre o Baptistão. Mas há um erro grosseiro de dois jogadores. No terceiro gol, ninguém sobe. Me dá vergonha estar aqui", falou.


Realista, Bustos não jogou a toalha em relação à classificação às quartas de final da Copa do Brasil, mas admitiu que a situação na competição ficou muito complicada e revelou ter vivido a pior noite da carreira nos últimos anos.


"É muito difícil (se classificar). Primeiro temos de pensar em sábado (25) - em novo clássico contra o Corinthians, às 19 horas, na Neo Química Arena, pelo Campeonato Brasileiro. Temos viagem para a Venezuela, jogo com Táchira, Flamengo e Atlético-GO. Não podemos pensar na volta ainda. Mas obviamente que é muito difícil, porque é um mata-mata. Mas hoje a situação está muito complicada, vamos pensar em sábado. Não tenho nem cara para olhar para vocês, é difícil levantar o olhar e olhar para vocês, como sempre faço. Acho que foi a pior noite que vivi ou que recordo nos últimos seis anos como treinador", concluiu.


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