Maikon Leite lembra de palmas e parabéns à torcida do Santos após gol contra o Cerro

Mesmo negociado com o rival Palmeiras na época da Libertadores de 2011, o atacante era adorado pelos torcedores do Peixe

Por: Nathalia Perez  -  06/06/20  -  12:13
Maikon Leite tinha 22 anos quando o Santos foi campeão da Libertadores em 2011
Maikon Leite tinha 22 anos quando o Santos foi campeão da Libertadores em 2011   Foto: Ricardo Saibun/Santos FC

O elenco que trouxe mais volume à sala de troféus do Santos em 2011, com a conquista da Copa Libertadores após 48 anos do bicampeonato conquistado pelo time liderado por Pelé, tinha um jogador que estava negociado com um dos rivais do Peixe, o Palmeiras. Era Maikon Leite. Ele poderia ter escutado vários assobios e vaias por parte da torcida alvinegra pelo pré-acordo assinado em janeiro, mas, ao contrário, era adorado e respeitado pelos santistas pela sua contribuição na campanha que culminou no título sul-americano.


"Eles [os santistas] sabem que não deixei em nenhum momento de honrar a camisa do Santos dentro de campo. Na final, a torcida gritou meu nome. Foi de arrepiar, e todos sabiam que, no outro dia, me apresentava no rival. Porém, tinham certeza que, até aquele dia, o Santos poderia contar comigo. Eu saí pela porta da frente. Nessa situação, é para poucos", recorda o atacante em conversa com ATribuna.com.br.


Depois de uma partida cercada por muito drama contra o Colo-Colo, na Vila Belmiro, pela quarta rodada da fase de grupos, em que o Peixe venceu por 3 a 2, era hora de enfrentar o Cerro Porteño em Assunção, no Paraguai. E era ganhar ou ganhar. Com três importantes baixas - Neymar, Elano e Zé Love -, Muricy Ramalho, recém-chegado no clube, promoveu mudanças táticas e entre os jogadores. Apesar de ter começado no banco, Maikon Leite entrou no decorrer da partida e marcou, ajudando o Santos a sobreviver no torneio.


"Foi o gol mais importante da minha carreira. Eu bati palma e cantei parabéns para a torcida que estava lá, e o sentimento foi de gratidão por tudo que o Santos fez por mim. Retribuir nesse dia com essa vitória e esse gol foi o auge", rememora o jogador, que fez o segundo gol da vitória por 2 a 1 fora de casa.


Confira outros trechos da entrevista com Maikon Leite:


Melhor lembrança da campanha


"O ambiente desse grupo era sensacional. Era marcante. Mas não existe lembrança melhor do que a volta olímpica no Pacaembu lotado e aquele clima fenomenal. Que sensação maravilhosa".


Desfalques contra o Cerro Porteño


"Foi um choque para todo mundo, e, nessa hora, entra a parte do ambiente que era sensacional. Em nenhum momento duvidamos do grupo que tínhamos, e se olhar o jogo contra o Cerro, foi um jogo seguro da nossa parte".


Muricy Ramalho


"O Muricy era de poucas palavras, porém palavras sábias. Ele sabe mexer com o psicólogo e deixar você preparado para vencer. A casa não estava bagunçada [antes dele chegar]. Foi um começo mal na Libertadores, porém, no Paulista, éramos líderes. E jogando um ótimo futebol. Mas, sem dúvida, ele agregou e teve grande participação".


Não ter jogado a final


"Sem dúvida estava louco pra jogar, mas jogar aquele jogo era mais do que participar. Mas, enfim, sou grato por tudo da mesma forma".


Comemoração do título


"Que noite, que festa! Os detalhes tenho que deixar em off (risos). E qual a chance de dormir depois disso? Adrenalina a mil".


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