Auxiliar, Nenê Belarmino relembra carreira e mostra confiança para a A2

Ex-jogador do Santos, Nenê terminou a carreira na Briosa em 1982. Ele é um dos auxiliares de Sérgio Guedes em 2019

Por: Régis Querino  -  12/01/19  -  11:51
Atualizado em 12/01/19 - 11:52
Em 2019, Nenê será auxiliar técnico em sua quinta passagem pela Portuguesa Santista
Em 2019, Nenê será auxiliar técnico em sua quinta passagem pela Portuguesa Santista   Foto: Nirley Sena/AT

Um ex-menino da Vila convicto, apaixonado pela Portuguesa, reforça a comissão técnica da Briosa em busca do acesso à elite paulista. Aos 68anos, Nenê Belarmino é um dos auxiliares de Sérgio Guedes no time que inicia a caminhada na Série A2 no dia 20.


Em sua quinta passagem pela equipe, Nenê vê o clube no caminho certo. “Estamos trabalhando pra fazer a Portuguesa chegar onde ela merece. Está se montando um time pra brigar, pra subir. O Sérgio (Guedes) enfatiza muito isso pros jogadores. Se vai chegar, lá na frente a gente vai ver, mas estamos confiantes”.


Com sangue português correndo nas veias, é fácil constatar a ligação de Nenê com a Briosa, clube em que ele encerrou a carreira de meia-atacante em 1982, na primeira passagem por Ulrico Mursa.


“Tinha vindo do México, mas já não tava em condições de jogar muito. O Rui De Rosis era o treinador e pediu pra ajudar a compor com a garotada. Joguei três meses, pois tinha seis cirurgias na perna direita”, diz ele, mostrando as cicatrizes no joelho e na coxa direitos.


No México, para onde foi vendido em 1974, após ser revelado e jogar durante seis anos no Santos, Nenê defendeu o Universidad Guadalajara. “Cheguei lá de ídolo, sem falsa modéstia. O cara mais caro na época comprado pelo time, por US$ 150mil”, conta.


O fim da carreira em campo, com apenas 30 anos, não o afastou do futebol. Nenê, apelido que ganhou em casa, pois era o caçula dos seis filhos, iniciou a trajetória de técnico em 1985, nos juvenis da Briosa.


Em 1996, em outra passagem pela equipe, comandou o time na segunda divisão paulista. Época em que a estrutura era diferente da que o clube dispõe hoje, que incluí até o recém-inaugurado Centro de Treinamento na Ponta da Praia.


“A Portuguesa não tinha nada, nós treinávamos num campo de areia, descalço e só com short. Começou do zero, pegamos jogadores de Santos”, lembra Nenê, substituído no cargo por Serginho Chulapa durante a campanha que terminou com o vice-campeonato e o acesso à elite.


Nenê Belarmino encerrou a carreira de jogador com a Briosa em 1982
Nenê Belarmino encerrou a carreira de jogador com a Briosa em 1982   Foto: Nirley Sena/AT

À vontade em casa


De volta à ativa após ser demitido da base do Santos em janeiro de 2018, Nenê nem pensa em aposentadoria. “Não tenho vontade de parar, estou feliz, eu gosto. Quem gosta, fica”,diz.


Auxiliando o trabalho com o elenco profissional, ele também gostaria de ver a Briosa investir em um time sub-20. “Seria mais uma equipe pra gente revelar jogadores. A Portuguesa sempre revelou, não pode parar”.


Para comprovar a sua aposta, ele enumera uma série de atletas que saíram do gramado de Ulrico Mursa para o mundo. “A Portuguesa sempre revelou zagueiros, é tradição. Adelson, Raul, Joel Camargo, João Carlos, Arouca, Lima...”


Nesses novos tempos em que o clube se reergue no cenário estadual, com dois acessos nas últimas três temporadas. Nenê vê um horizonte promissor.


“O clube tá se reestruturando. Deve muito ao trabalho do Sérgio (Guedes), que é um cara muito correto. Me sinto à vontade porque são pessoas honestas, gosto da Portuguesa, de estar com eles, aqui é minha cidade”.


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