Prefeito do Rio descarta a possibilidade de autódromo ser construído em Deodoro

O autódromo fazia parte de um projeto no valor de R$ 700 milhões liderado pelo consórcio Rio Motorsports

Por: Do Estadão Conteúdo  -  05/01/21  -  23:56
O projeto de Deodoro tinha como grande incentivador o ex-prefeito Marcelo Crivella
O projeto de Deodoro tinha como grande incentivador o ex-prefeito Marcelo Crivella   Foto: Divulgação

De volta ao cargo de prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM-RJ) garantiu nesta terça-feira (5) que não será construído o autódromo de Deodoro. Em entrevista à rádio BandNews, ele disse que tem um compromisso com ambientalistas para identificar uma outra área na cidade que possa receber um empreendimento automobilístico e mencionou uma área em Guaratiba como uma possível opção.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


"Não vai ter autódromo em Deodoro. É meu compromisso com os ambientalistas, com o Partido Verde, que me apoiou nas eleições, é de identificar uma nova área para esse autódromo, um novo local", disse Paes.


O autódromo fazia parte de um projeto no valor de R$ 700 milhões liderado pelo consórcio Rio Motorsports. A empresa tinha o intuito de construir uma pista e ser a sede do GP do Brasil de Fórmula 1 a partir deste ano.


No entanto, a obra ainda não teve início pela falta de liberação ambiental. O consórcio chegou a ter acerto encaminhado com a Fórmula 1 no meio do ano passado para receber a etapa brasileira, mas a ausência de aval das autoridades para dar início nos trabalhos atrasou todo o projeto. Por isso, a categoria fechou acordo com São Paulo e assegurou a realização da prova em Interlagos até 2025.


O projeto de Deodoro tinha como grande incentivador o ex-prefeito Marcelo Crivella, derrotado por Paes nas eleições do ano passado. O outro entusiasta da ideia era o governador afastado do Rio, Wilson Witzel. A obra é alvo de críticas de ambientalistas pelo plano de realizá-la em um raro pedaço de Mata Atlântica e lar de várias espécies raras de animais e plantas.


Em novembro, a Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), do Rio, pediu para que o estudo de impacto ambiental do empreendimento passasse por correções. O intuito do consórcio é retomar o andamento desse processo burocrático em janeiro, obter a licença prévia e iniciar as obras para em 2022 poder receber uma etapa do Mundial de MotoGP. O contrato já está assinado.


Logo A Tribuna
Newsletter