Deivid analisa assumir o profissional do Jabaquara

Ex-jogador, que se destacou em Santos, Corinthians, Cruzeiro e Flamengo, já administra a base do clube

Por: Matheus Müller & Da Redação &  -  18/07/19  -  13:27
Marcos Basílio, treinador, e Deivid, administrador, podem ampliar a participação no futebol do clube
Marcos Basílio, treinador, e Deivid, administrador, podem ampliar a participação no futebol do clube   Foto: Divulgação

A gestão do futebol profissional do Jabaquara pode ter o mesmo destino das divisões inferiores (sub-11, 13, 15, 17) e ser terceirizada. Hoje, a base é administrada pela Deivid Sports, do ex-atacante e agora empresário Deivid de Souza. 


O presidente do Leão da Caneleira, Adelino Rodrigues, crê que o ideal seria a mesma empresa assumir o comando do time principal. Deivid disse ter interesse, mas salientou que a questão precisa ser bem conversada. “Desejo existe das duas partes”, afirma. 


O ex-atleta conta que o clube está se estruturando, saneando as dívidas e realizado melhorias. Porém, ressalta que a ampliação da parceria deve ser tratada sem afobação. 


“Não adianta fazer nada no impulso. É preciso conversar e alinhar. O trabalho não começa em janeiro (de 2020), mas desde a eliminação e, a deste ano, foi a pior da história”, disse. 


Deivid se referiu ao desempenho do Jabaquara na Segunda Divisão do Campeonato Paulista – equivalente à quarta. O time foi o terceiro pior, com apenas 2 pontos em 12 jogos entre 42 equipes. 


O empresário, no entanto, entende que esse desempenho não afeta o trabalho feito na base. “É um contraste muito grande entre o profissional e a base. O nosso sub-15 se classificou em segundo lugar no Campeonato Paulista (primeira divisão da categoria)”. 


Diante dessa realidade, ele reforça: “Tem que ser pensado. É um trabalho a longo prazo”.


Gestão do futebol


O presidente do Jabaquara diz não ter mais a “crença de que seja possível, com jogadores da Região, obter sucesso” e, portanto, ressalta a importância das “parcerias para o clube crescer dentro da competição”. 


“Quando é passada a administração, você não gasta dinheiro (com o futebol). Quem terceiriza, o faz com o objetivo de vender o jogador. É nessa hora que o Jabaquara ganha um percentual (hoje, o acordo por atleta da base é de 10%)”.


Deivid conta que mantém olheiros em diversos Estados para a captação de atletas e deixa claro o objetivo de revelar jogadores para serem vendidos. 


“Num clube pequeno, tenho que saber que não vou ser campeão. O Jabaquara só vai viver bem se a gente conseguir negociar jogadores. Se montar time para ser campeão não vou revelar ninguém”, disse.


Possibilidades


O trabalho, segundo o empresário, tem despertado interesses, inclusive pelo reconhecimento dele dos tempos de jogador. 


“Vejo o clube com potencial grande. Temos a preocupação de retomar o respeito na Cidade e estamos conseguindo. Estamos virando uma referência. Palmeiras, Bragantino, Red Bull, Santos, Corinthians, Criciúma, Figueirense, Flamengo e Cruzeiro, todos procurando e olhando nossos jogadores”. Ele diz já ter dois jogadores no Santos e outro no Palmeiras. 


Em 2º plano


O futebol não é a prioridade da diretoria do Jabaquara, segundo o presidente Adelino Rodrigues. O mandatário afirma que pretende continuar enxugando os gastos com a modalidade para investir na instituição. Ele afirma que o clube não tem mais dívidas e ainda recebe manutenção e melhorias. 


Rodrigues se posicionou dessa forma após ser questionado se já trabalha no planejamento para o futebol em 2020, após um resultado ruim na Segunda Divisão do Paulista. “Não estamos preocupados com isso. A minha preocupação (como presidente) é com o patrimônio do clube, que deve ser preservado”, diz Rodrigues, reeleito em dezembro de 2018 até janeiro de 2021. A visão do presidente, que pretende fazer um balanço ao final do ano, com uma prestação de contas, é que o resultado da gestão é “altamente positivo”. 


Em seu primeiro mandato, entre 2017 e 2018, o cartola deparou com dívida acima de R$ 250 mil, resultado de ações trabalhistas e outras pendências, segundo ele, herdadas da empresa que tomava conta do futebol. “Saldamos essa dívida, pagamos os jogadores com salários atrasados, os ônibus contratados que não foram pagos.


Os recursos são obtidos sobretudo com eventos, aluguéis de áreas, patrocínios e o dinheiro da venda do Geuvânio (ex-Santos), que foi vendido a um clube chinês (Tianjin Quanjian, em 2016)”. O atleta foi negociado por 11 milhões de euros. Como o atacante passou pela Caneleira, o Jabuca recebeu 46 mil euros (R$ 211,6 mil na época). “O dinheiro está aplicado e rendendo juros”. 


Logo A Tribuna
Newsletter