Considerada a principal prova do triatlo mundial, o Ironman disputado no Havaí terá a participação de dois santistas em outubro: Alexandre Paiva e Mariana Penatti conquistaram vagas na prova homônima de Florianópolis e escreveram mais um capítulo em suas histórias de superação.
Alexandre alcançou a classificação ao terminar a prova em solo brasileiro na segunda posição da categoria 30 a 34 anos. Ele, que é diabético, percorreu 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42,2 km de corrida em 8h55min, tudo isso controlando a glicemia com bomba de infusão de insulina.
“Tinha feito a prova pela primeira vez em 2019. Fui quinto na categoria 25-29 e agora, na segunda participação, fui o segundo. O tempo abaixo de 9 horas é importante”, conta.
No Havaí, Alexandre vai enfrentar a mesma distância. Porém, ele prevê dificuldades maiores. “Os melhores triatletas do mundo vão estar lá. A exigência será grande”, diz ele, que, além de esportista, é engenheiro e trabalha com Logística no Porto de Santos.
Pódio
Mariana Penatti terminou o Ironman de Florianópolis em segundo lugar na categoria 35 a 39 anos e em terceiro no geral com o tempo de 9h31min. Em seu primeiro Ironman, ela deu a volta por cima depois de sofrer um acidente sério, que quase lhe custou a vida.
“Estávamos pedalando durante um treino na Imigrantes. De repente, uma barra de ferro veio na minha direção e eu caí. Sofri 15 fraturas. Fiquei três semanas na UTI, passei um mês acamada”, recorda. O episódio aconteceu em julho do ano passado.
Mariana, que além de triatleta é nutricionista, precisou parar de competir para se recuperar. O retorno foi no começo do ano, durante o Triatlhon Internacional de Santos. Mostrando grande força de vontade, ela terminou como campeã. “Não acreditava que pudesse voltar tão bem depois de tudo que passei”, comenta ela, que é de Santa Bárbara d1Oeste, no interior, e vive em Santos há 20 anos.
Mariana agora se prepara para fazer uma grande prova no Havaí. Não bastasse a concorrência mundial, as condições climáticas também são desafiadoras. “O calor e os ventos de lá tornam a missão mais dura”, observa.