Paratleta de Santos comemora título no Rio de Janeiro e pede mais apoio ao jiu-jitsu adaptado

Vinicius Carpov comemorou conquista, mas desabafou com relação a falta de incentivo na categoria

Por: Diego Palma  -  25/11/18  -  19:08
Vinicius (centro) com a medalha de campeão da edição do Grand Slam do Rio de Janeiro
Vinicius (centro) com a medalha de campeão da edição do Grand Slam do Rio de Janeiro   Foto: Abu Dhabi World JiuJitsu /Instagram

Vinicius Carpov foi campeão do Abu Dhabi Grand Slam de Jiu-jitsu adaptado. A competição foi realizada no último domingo (18), no Rio de Janeiro. Para chegar ao título, o santista venceu o atleta Luan Pitbull.


O título conquistado em solo carioca foi o primeiro de grande importância na carreira dele. Emocionado, ele contou a ATribuna On Line como foi a luta do título e fez uma reflexão.


“Ano passado eu estava em casa vendo a luta dos meus ídolos por uma live do Instagram e um ano depois eu estava lutando com eles. Foi incrível. Esse é meu maior título no jiu-jitsu. Fiz uma grande luta contra o Luan. Foi a primeira vez que nos enfrentamos e confesso que sempre quis lutar contra ele.”, disse Vinicius.


Para chegar a final da competição, que aconteceu na Arena Carioca 1, o santista precisou vencer dois atletas e o forte calor.


“A temperatura lá era muito alta. A previsão era de chuva, mas fez 40ºC. O calor do Rio é totalmente diferente, mesmo vivendo em praia eu senti a diferença”, explicou.


Após o título, Vinicius mira o mundial da categoria em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, que acontecerá em abril de 2019.


Vinicius na luta final com Luan
Vinicius na luta final com Luan   Foto: Reprodução/Instagram

Desabafo


O paratleta de jiu-jitsu adaptado começou no esporte em agosto de 2012. Inicialmente, o santista queria aprender defesa pessoal, mas a modalidade acabou trazendo muito mais do que ele esperava. “A partir de 2015 eu comecei para valer nas competições. Eu era corredor e acabei migrando para luta definitivamente. Tenho tentado viver disso, porém, viver no Brasil como paratleta não é fácil. Falta patrocínio e apoio”.


Além de comentar a ausência de apoiadores, Vinicius revelou uma mágoa com o rótulo que a maioria dos paratletas carregam: “exemplo de superação”.


“As pessoas olham para você e te vem como um coitado. Somos sempre modelos para preguiçosos, mas na verdade podemos ajudar pessoas depressivas ou que sofrem COM obesidade mórbida, por exemplo. As pessoas não nos veem com ótimos atletas. Eu superei minha adversidade e não minha deficiência”, concluiu o paratleta.


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