Guilherme Cunha foi o brasileiro mais jovem a competir no Mundial de Stand Up Paddle, promovido pela Federação Internacional de Surf, ISA (sigla em inglês). A competição, que foi realizada na China, aconteceu entre os dias 23 de novembro e 2 de dezembro.
Em entrevista para A Tribuna On-Line, o atleta de 15 anos contou como foi a primeira experiência dele no mundo asiático e qual aprendizado está trazendo de volta ao Brasil.
"Mesmo sem um bom resultado, eu estou muito feliz por ter conseguído competir em alto nível. Aprendi muito sobre a prova técnica, sobre a correnteza, como largar na prova e oberservei muita coisa. Ano que vem que vou me preparar mais", analisou.
Guilherme competiu em duas categorias. A sua, Júnior, e a Profissional. Na primeira, terminou com o sétimo melhor tempo. Já na segunda, ficou apenas com a 20ª colocação.
Questionado sobre o que mudaria, se pudesse voltar no tempo, ele fala que apenas melhoraria os treinos. "Teria treinado um pouco mais para as provas longas".
Mesmo com as festas de fim de ano se aproximando, Guilherme não pensa em férias e quer seguir forte com a rotina de treinos. "Não sou muito chegado a festas. Se desse para passar o ano novo surfando, eu preferia (risos). Lógico que eu vou treinar, mas acaba sendo menos que o normal, porque acabo ficando com a família durante o natal e ano novo", completou.
Pai realizado
Rogério Cunha, pai do surfista, não conseguiu ir à China para acompanhar o filho de perto, porém, acabou ficando na torcida pelas redes sociais. "Meu coração ficou muito acelerado. Eu vibrei a cada competição e a cada conquista", disse.
O resultado não veio, mas o pai acredita no potencial do filho e sente orgulho por sua atuação. "A participação dele foi muito boa. Ele ficou entre os 20 melhores do mundo (no profissional) e em 7º no primeiro ano de categoria até 18 anos (júnior), aos 15. Certamente foi uma grande experiência e que vai trazer coisas boas para sua carreira. Acredito que estamos remando na direção certa".
Ele também contou à reportagem os planos para o futuro da carreira de Guilherme. "Teremos uma visão a longo prazo, pois há a possibilidade do Sup Race passar a ser esporte Olímpico e, possivelmente, estar nos Jogos Olímpicos de 2024. É isso que queremos e esperamos".