Patinadora Rafaela Freitas decide por mudança de rumo e deixa competições

Campeã de patinação desde a infância, santista cursa Direito e deixa o esporte como diversão e meio de formar novos talentos

Por: Lucas Pinto & Colaborador &  -  11/08/19  -  14:34
Rafaela Freitas pôs o Brasil no pódio dos Jogos Mundiais de 2017, na Polônia, com medalha de bronze
Rafaela Freitas pôs o Brasil no pódio dos Jogos Mundiais de 2017, na Polônia, com medalha de bronze   Foto: Arquivo pessoal

Rafaela Freitas é conhecida de quem acompanha a patinação da Baixada Santista. Hoje com 21 anos, o lado que a maioria conhece dela é o da menina de Santos que começou a patinar logo após aprender a andar, aos 2 anos, e da jovem prodígio campeã e medalhista em torneios nacionais e internacionais. Mas há um lado dela fora dos holofotes que nem todos conhecem: o de estudante de Direito.


Já no quarto ano do curso, na UniSantos, ela conta que o campo jurídico é algo de que gosta há bastante tempo. Agora, Rafaela busca se dedicar mais aos estudos e pensa na carreira na área. “Eu sempre quis fazer Direito, pra me tornar promotora ou juíza. Não tinha intenção de fazer isso [patinar profissionalmente] para a vida toda, nunca tive”, explica.


Houve, então, uma mudança de foco que ela aponta como algo que já precisava fazer. A patinadora relata que vai deixar de participar dos torneios profissionais para se dedicar às demandas do curso. Continuará a praticar o esporte, mas de maneira menos intensa.


“Vou pra faculdade de manhã, pro estágio à tarde, depois dou aulas no Internacional [de Regatas] e no Colégio São José. Tenho audiências pra assistir, faço meu treino de patinação e ainda, porque gosto, academia e muay thai duas vezes por semana”.


Viável


A decisão permite que Rafaela se dedique aos estudos e outras atividades. Antes, quando estava no começo do curso, a jovem tinha o dia a dia voltado para os treinos e preparação aos torneios profissionais. “A patinação consumia o meu tempo, todos os dias, e eu só patinava. Agora, consigo fazer meu estágio e coisas de que sempre gostei. Consigo viajar com os amigos num feriado, que antes precisaria passar treinando, e consigo passear com meus cachorros até onde quero, por exemplo”.


Conquistas nacionais e internacionais começaram ainda na infância
Conquistas nacionais e internacionais começaram ainda na infância   Foto: Arquivo pessoal

Mudança


A decisão de mudar o foco na vida veio após o ápice da carreira como patinadora. Em 2017, durante os Jogos Mundiais, realizados em Breslávia, na Polônia, Rafaela Freitas recebeu a medalha de bronze na patinação artística, resultado inédito para o Brasil na competição.


“Aquela medalha era o que eu mais almejava. Eu consegui o bronze e me realizei no que queria, aquilo me satisfez. Pensei que aquele lado [o esportivo] já estava conquistado e decidi me dedicar ao outro, na faculdade”, diz. Com isso, a estudante relata que, além de poder se dedicar ao que gosta, fica apenas com a parte favorita do esporte. Sem as cobranças e o estresse de atleta profissional.


“Lógico que pro atleta tudo não são flores. Não são só medalhas, prêmios e glórias. Então, tirei essa outra parte, e esse foi o jeito que encontrei de continuar fazendo o que gosto, que é patinar”.


Logo A Tribuna
Newsletter