Museu resgata a história do surfe santista no Parque Roberto Mário Santini

Nova atração do popular Emissário Submarino foi inaugurada nesta sexta (24), com peças, fotos e curiosidades dos pioneiros e surfistas da Cidade que marcaram época

Por: Régis Querino  -  25/01/20  -  00:58
Atualizado em 25/01/20 - 01:43
Museu foi inaugurado em 24 de janeiro do ano passado
Museu foi inaugurado em 24 de janeiro do ano passado   Foto: Matheus Tagé/AT

Uma viagem na história do surfe santista, contada através de fotos, pranchas, peças e objetos que marcaram a trajetória dos pioneiros e de grandes nomes do esporte, nativos da Cidade. Assim, com um acervo pequeno, mas valoroso, o Museu do Surfe foi inaugurado na noite desta sexta-feira (24) no Parque Municipal Roberto Mário Santini (Emissário Submarino), na Praia do José Menino, em Santos.


A nova atração também rompe as fronteiras santistas. Reúne, entre os itens, pranchas de cinco campeões mundiais: Adriano de Souza, Gabriel Medina, Ítalo Ferreira, Kelly Slater e John John Florence. Todas doadas pelo multicampeão Picuruta Salazar, que também cedeu peças valiosas de sua carreira.


“Tem as camisas do primeiro Mundial que eu fui, no Havaí, em 1981, e a do campeonato mais importante que eu fiz, uma semifinal contra o (australiano) Tom Carrol no Guston 500, na África do Sul, em 1984”, contou Picuruta.


A primeira prancha de Picuruta, de isopor, usada para pegar as primeiras ondas de sua vida, em 1968 (quando ele tinha 8 anos de idade), também está lá no museu. Que, é claro, não poderia deixar de dedicar um espaço à família Salazar.


Almir e Picuruta Salazar no espaço destinado à família no Museu do Surfe
Almir e Picuruta Salazar no espaço destinado à família no Museu do Surfe   Foto: Matheus Tagé/AT

“A gente (os Salazar) vem quase 50 anos galgando essa história. A gente que impulsionou o surfe no estado de São Paulo. Eu, Lequinho, Picuruta e toda essa galera que você vê aqui (mostra uma foto tirada da turma do surfe santista, na década de 1970)”, destacou Almir Salazar.


Para o presidente da Associação Santos de Surf, Reginaldo Ferreira Lima Filho, o museu é motivo de celebração. “É importante a gente preservar essa cultura. O museu tá aqui justamente pra isso, olhar pro futuro mas abraçado com o passado”.


Presente à inauguração, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa destacou a importância do equipamento para a comunidade do surfe e os turistas. “Estamos resgatando a história do surfe, os ícones que temos na cidade. A oportunidade aos santistas e turistas que nos visitam de mais um atrativo pro Emissário Submarino”.


A Tribuna de Surf Colegial


O A Tribuna de Surf Colegial, campeonato que este ano chega à 25ª edição, também mereceu destaque no Museu do Surfe. Competição mais longeva da categoria no Brasil, criada para unir o esporte à educação, ela ganhou espaço no local.


“O A Tribuna de Surf Colegial é um marco muito importante do surfe nacional, que revelou o Mineirinho”, lembrou o secretário de esportes, Gelásio Fernandes.


Outros grandes nomes do surfe da Baixada Santista, que hoje correm os circuitos mundiais, também passaram pelo A Tribuna de Surf Colegial, como Deivid Silva, Jessé Mendes, Alex Ribeiro, Miguel Pupo e Caio Ibelli.


Além dos itens à disposição no museu, o visitante também encontrará informações e curiosidades sobre o início do surfe em Santos, incluindo um dicionário de gírias usadas pelos adeptos da modalidade.


Serviço


O Museu do Surfe vai funcionar de quarta a domingo, das 9 às 18 horas, com entrada gratuita, no Parque Municipal Roberto Mário Santini (Avenida Presidente Wilson s/nº).


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