A nova geração do surfe da Baixada Santista caiu na água nesta sexta-feira (11) para a disputa da primeira etapa do Circuito Santista de Surf, realizada na Praia do José Menino, no Quebra-Mar. O evento foi o primeiro a utilizar oficialmente a reinaugurada Torre de Jurados Alexandre Salazar.
Filho do popular “Bigode”, Picuruta Salazar foi prestigiar o circuito. “(A torre) Ficou perfeita. Sou até suspeito de falar, porque fui um dos idealizadores que batalhou para que acontecesse essa reforma. E de presente eles colocaram o nome do meu pai. Pra mim é muito gratificante”, disse Picuruta.
Do alto da torre, com todo o aparato tecnológico, os juízes conferiram o desempenho dos surfistas nas ondas, para apontar os vencedores da etapa inicial do Circuito 2019. Competição que terá na segunda quinzena de dezembro a segunda etapa, definindo os campeões de cada categoria.
No total são dez categorias, seis delas encerradas ontem. Outras quatro categorias, as principais, serão disputadas na próxima quarta-feira, a partir das 8 horas, no mesmo local: sub-16 (mirim), sub-18 (júnior), master masculino (a partir de 35 anos) e open masculino (sem limite de idade).
“Na quarta-feira, a condição do mar estará bem especial, com marcação de quatro a cinco estrelas. A previsão é de ondas de um metro e meio a dois metros”, destacou Mauro Rabelé, vice-presidente da Associação Santista de Surf, organizadora do circuito.
Das revelações aos veteranos
De acordo com Rabelé, o dia de ontem, dedicado às categorias de base, reuniu os atletas que começam a se acostumar com a batida das competições.
“A garotada que tá bem consistente e consciente do que precisa fazer pra vencer uma bateria. A tática, as manobras que tem que fazer pra poder ser um vencedor. Isso é o que torna o evento bom”, disse.
Na próxima quarta-feira será a vez dos surfistas das categorias sub-16 e sub-18, que já despontaram nos cenários estadual e brasileiro e estão prontos para encarar o profissionalismo da modalidade.
Este segundo dia de competição também reserva espaço para a velha guarda, que aproveita o campeonato para pegar onda e curtir uma resenha com os companheiros de longa data.
“A open é aquela categoria de atletas que tiveram outras opções a não ser a de continuar competindo, mas trabalham, estudam, tem outros objetivos. E a master é pra galera que já passou pelas competições e vem aqui se encontrar, competir, claro, mas se divertir com os amigos”, define Rabelé.
Saem os primeiros vencedores de 2019
O santista Deryc Silva foi o primeiro a vencer uma final nesta sexta-feira (11) no Circuito Santista de Surf. Faturou a categoria sub-10 (petit) com 10,75. “Ano passado disputei duas etapas, mas a primeira vez que cheguei numa final foi hoje (ontem)”, disse, sorridente, o garoto, que também foi à final na sub-12 (estreante), mas terminou em quarto lugar.
Quem levou a melhor na sub-12 foi Daniel Duarte, de Bertioga, que ganhou com 14,50. Fã de Felipe Toledo, o atual segundo colocado no Circuito Hang Loose Surf Attack, que define o campeão paulista, mostrou o seu potencial, conquistando também ontem a categoria sub-14 (iniciante). Na final, ele somou 11,25, contra 11 do vice-campeão Tierre Alves, de Mongaguá.
Kemily Sampaio, 15, de Praia Grande, venceu a categoria feminino, com 8,40. Surfando desde os 6, ela já se imagina disputando o circuito profissional, inspirada em duas referências: Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima. No longboard feminino, Gabriela Andrade, de Santos, venceu com 8,25 e no longboard masculino, Theo Cabeleira, de São Vicente, levou com 11,90.