Senegal fatura 1ª vitória africana nesta Copa e Catar fica perto de eliminação

Como consolo, o time catariano pôde celebrar seu primeiro gol na história das Copas do Mundo

Por: Estadão Conteúdo  -  25/11/22  -  12:47
Senegal venceu o Catar por 3 a 1
Senegal venceu o Catar por 3 a 1   Foto: Alexandre Brum/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Em confronto de desesperados já no início desta segunda rodada, a seleção do Senegal aproveitou as fragilidades do Catar e suas poucas chances de gol para confirmar o favoritismo, nesta sexta-feira, e faturar a primeira vitória de um time africano nesta Copa do Mundo. Com um movimentado 3 a 1, a equipe senegalesa manteve as chances de classificação no Grupo A e praticamente eliminou o país anfitrião do Mundial.


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Os senegaleses somam agora os mesmos três pontos de Holanda e Equador, que venceram seus jogos na rodada de abertura. As duas equipes se enfrentam ainda nesta sexta. Em caso de empate, o Catar estará eliminado. Qualquer vitória manterá a seleção da casa, ainda sem pontuar, com chances matemáticas de classificação.


Como consolo, o time catariano pôde celebrar seu primeiro gol na história das Copas do Mundo. Na terceira e última rodada da chave, o Catar terá pela frente a Holanda, maior favorita do grupo. O Senegal vai duelar com o Equador. Ambos os jogos serão disputados na terça-feira, dia 29.


Se a eliminação for confirmada, o Catar se tornará o segundo país-sede na história da Copa do Mundo a cair ainda na fase de grupos. O primeiro foi a África do Sul, no Mundial de 2010. A seleção catariana já havia se tornado a primeira anfitriã a perder em uma estreia de Copa.


Com problemas de desfalques desde a lesão de Sadio Mané, Senegal perdeu dois titulares para o seu segundo jogo na Copa: o volante Cheikhou Kouyaté e o lateral-esquerdo Fodé Ballo-Touré. O Catar, por sua vez, também contou com mudanças em relação ao jogo de abertura do Mundial. Irritado com as falhas do goleiro Al-Sheeb na estreia, o técnico Félix Sánchez escalou o reserva Meshaal Barsham nesta sexta.


As alterações, por necessidade ou estratégia, se justificavam. Afinal, uma nova derrota significaria praticamente a eliminação precoce para qualquer das duas equipes. Apesar desta pressão, o jogo começou lento, com timidez de ambos os lados.


Logo a seleção africana passou a controlar as ações, diante de sua superioridade técnica. Senegal cercava a área do Catar, trocando passes e invertendo bolas de um lado para o outro. Porém, não conseguia furar o bloqueio da equipe da casa. A alternativa era o levantamento na área, geralmente com falhas na execução.


Num raro lance que fugiu a este roteiro, o goleiro Mendy armou rápido contra-ataque ao lançar para Ismaila Sarr, que parou no goleiro do Catar. O time da casa, por sua vez, teve motivos para reclamar aos 34, quando o árbitro não marcou pênalti claro. No lance, Akram Afif foi atropelado pela marcação.


Seis minutos depois, a situação mudou completamente. Sem competência para criar boas oportunidades no ataque, o Senegal chegou ao gol com uma ajuda providencial dos anfitriões. Um erro grosseiro do zagueiro Khoukhi dentro da área deixou a bola nos pés de Boulaye Dia, que finalizou rasteiro para as redes.


Se a situação já estava difícil para o limitado time do Catar, as condições só pioraram no início do segundo tempo. Logo aos 2, o Senegal chegou ao segundo gol, desta vez em lance de bola parada. Após cobrança de escanteio na área, Famara Diedhiou se antecipou à marcação na primeira trave e cabeceou para as redes.


O time da casa não desanimou e foi para cima. De forma surpreendente, impôs pressão sobre a defesa senegalesa. E o goleiro Mendy, eleito o melhor do mundo pela Fifa no último prêmio The Best, começou a trabalhar. Foram duas defesas decisivas. Mas, aos 32, Mendy não conseguiu evitar o primeiro do Catar em Copas do Mundo. Em boa trama pela direita, Muntari escorou de cabeça, para as redes, após cruzamento na área.


A festa das arquibancadas, porém, durou pouco tempo. Na sequência, o Senegal chegou ao terceiro gol. Aos 38, Ndiaye investiu pela direita e encontrou Dieng sozinho quase na marca do pênalti. Ele só precisou completar para as redes para sacramentar a vitória da seleção africana.


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