Nas eleições deste ano, uma mudança na legislação eleitoral passou a entrar a vigor e contribuiu diretamente para ampliar o número de legendas em algumas câmaras da Baixada Santista. Isso se deve à modificação das regras para a partilha das vagas não preenchidas com a aplicação dos quocientes partidários, as chamadas “sobras eleitorais”.
Até o último pleito, só participavam dessa divisão a coligação ou a sigla que atingisse o quociente eleitoral. Por esse motivo, Débora Camilo (PSOL) conquistou uma das cadeiras do Legislativo de Santos neste ano. Além dela, outros 11 candidatos da Baixada Santista ao Parlamento conseguiram uma vaga na Câmara, conforme levantamento feito pela reportagem.
Esse foi o caso de Tinho (Republicanos) e de Guilherme do Salão (Pros), em Cubatão. O mesmo ocorreu em Guarujá com Aparecido David (Republicanos) e Sorriso (PRTB), assim como em Mongaguá com Paulinho da Farmácia (PSL) e Tadeu da Educação (Pode).
Em Peruíbe, Toni Matos (Pode) conseguiu uma cadeira por conta dessa nova regra. Essa situação também garantiu um lugar no Parlamento vicentino para Benevan Souza (Republicanos).
Em Praia Grande, três legendas fizeram ao menos uma cadeira mesmo sem atingir o quociente eleitoral. Esse foi o caso do PP (Rodrigo Rosário), Podemos (Rômulo Brasil) e DEM (Renata Zabeu).
Os 4.537 votos de legenda recebidos pelo PSDB de Santos foram fundamentais para o partido garantir a terceira cadeira no Legislativo. A sigla conseguiu reeleger três parlamentares: Ademir Pestana, Augusto Duarte e Cacá Teixeira.
Depois do PSDB, os partidos de Santos que mais receberam voto de legenda foram o PT (1.548), PSD (1.191), Novo (853), PSOL (630) e PP (399), a única agremiação dessa relação que não teve candidatura própria ao Executivo neste ano.