Valor da gasolina tem terceira alta em 30 dias

Preço médio chega a R$ 4,62 em Cubatão, o mais alto da Baixada Santista, após reajuste de 3,5% nas refinarias e repassado às bombas

Por: Da Redação  -  02/05/19  -  15:40
Desconto de R$ 0,46 sobre o litro do diesel foi um dos pontos negociados Governo com caminhoneiros
Desconto de R$ 0,46 sobre o litro do diesel foi um dos pontos negociados Governo com caminhoneiros   Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Desde a última quarta-feira (1º), os motoristas que passam pelos postos de combustível da região podem perceber que os preços da gasolina estão mais altos. É que a Petrobras anunciou um aumento de 3,5% do combustível nas refinarias. Com isso, a estatal estima um reajuste médio de R$ 0,07 no litro.


De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor médio mais alto, na Baixada Santista, está em Cubatão: R$ 4,62.


Este é o terceiro reajuste em 30 dias, acompanhando a elevação internacional do produto – a cotação do barril de petróleo é em dólar. O valor final ao consumidor é acrescido de impostos e da margem de lucro de distribuidoras e de postos.


“Não tem como segurarmos os reajustes, pois é quase automático para nós. Não ficamos felizes de ter esse aumento, pois não lucramos nada a mais com isso. Se o preço fosse reduzido, com certeza, venderíamos muito mais”, comenta Ricardo Rodriguez Lopez, da rede de postos Portal de Santos.


Lopez acredita que, a partir da próxima semana, os consumidores possam ter boas notícias com relação ao preço do etanol. O produto havia tido alta por causa das chuvas, que prejudicaram a colheita de cana-de-açúcar.


“A gente tenta economizar na gasolina, sai menos com o carro, compartilha carona, mas não tem jeito. Quando o preço sobe, a gente vê reflexo disso no mercado, na padaria”, afirma a secretária Márcia Pinho Seixas, de 42 anos.


O especialista em Economia Helio Hallite concorda. “Num País que é ancorado no transporte rodoviário, isso acaba chegando no preço dos alimentos, interferindo em tudo e impactando na inflação anual.”


Hallite estranha que, quando o preço do barril de petróleo cai internacionalmente, isso acaba chegando timidamente às bombas dos postos. “As pessoas questionam o porquê de ele (combustível) não reduzir aqui, e se gera um inconformismo muito grande.”


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