'Temos que ver ganhos nisso tudo', diz ministro da Educação sobre pandemia

Milton Ribeiro participou de homenagem na Associação Comercial de Santos na noite desta sexta-feira

Por: Maurício Martins  -  14/11/20  -  11:00
Ministro, que mora em Santos, conversou com a Reportagem sem usar máscara
Ministro, que mora em Santos, conversou com a Reportagem sem usar máscara   Foto: Matheus Tagé/AT

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse nesta sexta-feira (13) que não é possível saber os impactos da pandemia no aprendizado dos estudantes brasileiros. Para ele, “nada que o ser humano com resiliência e boa vontade não possa superar”. O ministro acredita que a situação não é só de perdas, é preciso olhar os dois aspectos.  


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“Assim como perdeu-se um pouco de conteúdo programático, ganhou-se de outro lado. Então a gente não pode olhar somente perdas, temos que ver ganhos nisso tudo. Nos ensinou que o homem, apesar de toda tecnologia e progresso, ainda se ajoelha e se submete a um pequeno ser, um vírus, que com toda nossa tecnologia não fomos capazes de deter sem que ele nos ferisse tão mortalmente”.  


O integrante do Governo Federal esteve na Associação Comercial de Santos (ACS), na noite desta sexta-feira (13), onde foi um dos 26 homenageados na solenidade de comemoração ao Dia do Oficial da Reserva (R/2). A iniciativa foi do deputado estadual Tenente Coimbra (PSL). Ambos não usavam máscaras.  


Tirar lições 


Ribeiro afirma que a Educação sofreu, sobretudo com relação “às crianças e os jovens que ficaram  impedidos de estarem juntos”. Mas acredita que também houve lições na pandemia e que “a gente tem que olhar não apenas o lado triste, que foram as perdas de vidas”.


“Algumas lições podemos tirar de tudo isso. Uma delas foi o incremento da habilidade e desenvolvimento de novas tecnologias para educação híbrida ou à distância. Isso também é uma coisa diferenciada que talvez possa nos ajudar num futuro muito próximo”.  


Sobre investimentos do Governo Federal para auxiliar estados e municípios na rede escolar, ele citou que liberou R$ 525 milhões para 117 mil escolas em todo o Brasil para ajudar em reparos e compra de material para retorno das aulas. “Temos um programa que o dinheiro vai direto para a escola, isso caiu nas mãos dos diretores das escolas”. 


Questionado sobre as dificuldades das escolas públicas em manter o ensino à distância por falta de tecnologia e treinamento e se pretende investir mais nessa deficiência, Milton Ribeiro afirmou que sempre foi assim. “Não é um problema de agora, mas ficou evidenciado diante da necessidade. Mas fizemos de tudo, muitos recursos enviamos para as escolas públicas, não tenho todos os números aqui”. 


Escolas cívico-militares 


Mais uma vez o ministro prometeu duas escolas cívico-militares na Baixada Santista e, como vicentino, disse que fará de tudo para instalar pelo menos uma, em São Vicente. “Temos que oferecer para a  sociedade um modelo de ensino que possa preservar alguns valores que achamos que foram perdidos, como respeito à Pátria, à família”.  


Para ele, vale a pena investir no modelo porque é moldado em “alguns alicerces que para nós são muito caros”. “Isso é próprio da formação do militar. Vivemos um tempo em que esses valores precisam ser resgatados. Não quer dizer que vai entrar todo mundo marchando na escola. Mas patriotismo,  desejo de olhar com carinho para a bandeira, respeito a valores, precisamos resgatar”.  


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