Moradores reclamam do estado do Deck do Pescador, em São Vicente

Piso de concreto está quebrado e com buracos, mas Prefeitura garante que não há riscos para frequentadores

Por: Da Redação  -  18/12/18  -  22:50
Deck do Pescador buraco piso SV
Deck do Pescador buraco piso SV   Foto: Rogério Soares/AT

Quem frequenta o deck na Biquinha, em São Vicente, começa a ver com desconfiança o trabalho de revitalização que está sendo realizado no local. O andamento das obras está lento e o concreto do equipamento já apresenta pontos de quebra.


Em 2016, a área chegou a ser interditada por conta do risco de circurlar pelo local. A Prefeitura anunciou uma reforma, que seria feita com verba oriunda do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur), no valor estimado de R$ 2,5 milhões, para recuperação da madeira e concreto.


Porém, pouca coisa mudou de lá para cá. O piso de madeira continua com buracos e basta andar por ali para perceber que, em alguns trechos, a tábua range e está prestes a ceder.


Insatisfação


“Isso está tudo largado. Para as madeiras não se soltarem de vez e levantarem, a gente coloca umas pedras em cima”, conta o administrador de empresas Carlos Pereira, de 50 anos. Há mais de 15 anos, ele usa o espaço para pescar e fala que a situação piorou com as obras inacabadas.


“O quiosque estava todo sujo. Bastava manutenção. Mas eles preferiram quebrar tudo. Agora, fica difícil até para o meu pai, de 88 anos, andar por aqui para pescar. Foi desnecessário”, queixa-se.


O aposentado Álvaro Libanori, de 68 anos, está acompanhando de perto os trabalhos no local. “São só dois homens para fazer o serviço todo. Levaram mais de 20 dias para quebrar parte do piso que estava aí. Nesse ritmo, a obra vai longe”.


Ele acha que o local precisava de um cuidado, mas reclama que a primeira providência do projeto foi retirar o banheiro público do deck. “Precisamos de uma infraestrutura mínima para passar um tempo por aqui”.


Quem mora perto do local também não está nada feliz com o jeito que os trabalhos estão sendo tocados.


“Junta esse monte de entulho, mato, falta de limpeza, morador de rua, assalto e o que sobra para a Biquinha? Esse deveria ser o cartão postal da temporada, mas está largado. E ainda pagamos um dos IPTUs mais caros da região”, desabafa um aposentado que não quis se identificar.


Apesar das reclamações, Prefeitura garante que local não oferece riscos
Apesar das reclamações, Prefeitura garante que local não oferece riscos   Foto: Rogério Soares/AT

"Não oferece risco"


Apesar dos buracos e do piso mole que a Reportagem conferiu no deck, por nota, a Prefeitura garante “que a estrutura de madeira não oferece risco aos pescadores e que o espaço recebe manutenção periódica”.


Já as obras que acontecem no local atualmente começaram no final de novembro e têm 12 meses para ficar pronta.


Orçado em R$ 300 mil, vindos do Dadetur, órgão ligado ao Governo do Estado, o projeto prevê a demolição do banheiro, novo piso em concreto, plantio de grama, adequação de rampas, instalação de aparelhos de ginástica e iluminação. Mas, para tristeza dos frequentadores do espaço, não há previsão de sanitários ali.


Essa deve ser a primeira etapa da revitalização. Em outra fase, ainda sem data para começar, a Prefeitura diz que vai focar na estrutura do deck e no piso de madeira.


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