
Produção de peça de mureta na Ecofábrica dura cerca de 35 minutos, das ferragens à retirada do molde ( Foto: Vanessa Rodrigues/ AT )
Cimento, areia, pedras, ferro e o amor em muitas mãos que desempenham o trabalho. Essa é a receita para a produção das famosas e tradicionais muretas de Santos, feitas na Ecofábrica da Cidade, ao lado da Prefeitura Regional da Zona Noroeste, no Chico de Paula.
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O coordenador da Ecofábrica, o artista plástico Anderson Camargo, diz que são produzidas, em média, 150 muretas sob demanda. Quatro funcionários, um deles em ressocialização, integram uma equipe “muito focada”.

Camargo: projeto sustentável ( Foto: Vanessa Rodrigues/ AT )
Na Ecofábrica, a produção de uma peça de mureta dura cerca de 35 minutos, entre ferragens, preparação do concreto, molde e retirada do molde.
Pensando na preservação ambiental, a Ecofábrica desenvolve um projeto para que, “em vez de de usarmos areia (para a produção das peças), estamos querendo utilizar plástico. Nós temos muito plástico, e eu acho que vai ser uma forma de fazer uma mureta sustentável. Com isso, a Cidade também ganha. São menos resíduos indo para o lixo.”

Ideia da construção das muretas surgiu nos anos 1940 para ajudar na recuperação econômica da cidade ( Foto: Vanessa Rodrigues/ AT )
Histórica
A ideia da construção das muretas surgiu na época da Segunda Guerra Mundial, para ajudar na recuperação econômica da Cidade.
Em 1941, com a construção da Avenida Saldanha da Gama, na Ponta da Praia, o projeto começou a ganhar forma, como item decorativo e de proteção de pedestres à beira-mar.
O projeto foi apresentado pelo chefe do Departamento de Obras Públicas da Prefeitura na época, Carlos Lang, aprovado em 1943 e teve construção iniciada em 1945. Não se conhece o autor do desenho das peças.
No cotidiano
Do Canal 1 ao 7 e em fotos e vídeos, as muretas estão presentes no dia a dia santista. Há quem tenha esse marco tatuado na pele ou o reproduza em produções artísticas.
As muretas também estão presentes nos totens que vêm sendo instalados em bairros. Foram projetados por Anderson Camargo e contam com material reciclável na fabricação.
“Ele (totem) tem um coração, para representar o ‘eu amo Santos’, e tem essa representação (das muretas) que, hoje, é o símbolo da Cidade”, diz Camargo.
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