Valores de produtos vendidos na praia apresentam 'inflação própria' em Santos

Quem vai aproveitar os dias de sol na Praia do Boqueirão, em Santos, paga até R$ 8 em uma lata de cerveja

Por: Da Redação  -  01/01/19  -  22:04
A ambulante Elenilda Carvalho Dias admite que os preços são elevados até o dia 1º, mas depois baixam
A ambulante Elenilda Carvalho Dias admite que os preços são elevados até o dia 1º, mas depois baixam   Foto: Irandy Ribas/AT

Curtir o verão à beira-mar tem seu preço. Quem vai aproveitar os dias de sol na Praia do Boqueirão, em Santos, paga até R$ 8 em uma lata de cerveja e R$ 20 em uma caipirinha. Os banhistas reclamam dos preços, mas os comerciantes juram que os valores são os mesmos de antes da temporada.


Em uma barraca, a vendedora Elenilda Carvalho Dias admite que os preços são elevados na noite de Réveillon e permanecem nas alturas no dia 1º, mas garante que, daí em diante, voltam ao normal. “No Natal não vendemos nada, mas, com o sol, esperamos que melhore muito”.


Dono de um quiosque na orla, Irlei Martins de Sá aposta todas as fichas neste verão. Tanto é que, ontem pela manhã, reforçava o estoque do comércio. “Consegui manter o preço de fora de temporada porque está vendendo bem”.


Gerente de um carrinho de bebidas, Roberto Dias Barbosa diz que os comerciantes têm de fazer malabarismo para não repassarem os aumentos dos preços dos produtos aos clientes. “Quando chega o verão, as bebidas geladas encarecem. O comércio já está difícil, se aumentar o valor fica pior ainda”.


Nos quiosques e barracas por onde passou, A Tribunaviu coco a R$ 5, garrafa de água a R$ 3 e R$ 4 e lata de cerveja com preços variando de R$ 5 a R$ 8. Os drinks, como caipirinhas e batidas, custam de R$ 15 a R$ 20. Para comer porções estão na faixa de R$ 35 a R$ 90.


Moradora da Capital, a sommelier de cerveja Nicolle Império Ramos, de 20 anos, não deixa de tomar uma gelada na praia com os amigos, mas reclama do preço. “Eu acho bem caro. Os valores sobem nesta época, mas ainda compensa a trazer de casa e pagar consumação de guarda-sol”.


Já a turma do corretor de seguros Denis Henrique Silva Machado, de 29 anos, também de São Paulo, prefere levar cooler para não ter de gastar os tubos na areia. “Compramos em mercado de grande porte para termos preços menores e trazemos”.


O dono de um carrinho, Marcio Antonio dos Santos Gonçalves, acredita que as críticas são injustas. “Tem alguns clientes que reclamam, mas eu acho que os preços estão normais. No nosso trabalho, chegamos às 8h e não temos hora pra sair”.


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